Monday, May 29, 2006

 

Afternoon BBQ in PG County...

- S’up wid’jall? I thought y’all wouldn’t make it on time and you did…

I thought I was never going to make it to Sheba’s house on time…. Got there and damn… Fire was hot all right, the music was loud, and people were feeling each other out.
Sheba’s aunt, young as rose bud, came with an ox tank, two tubes up her nostrils. If the sense of smell was affected, you could not quite tell. She sat, indicating some stuff was ready. God knows what. She made the trek huffing, but soon sat as the sunset greeted our table.

Before reaching the backyard, we made the pilgrimage through the house. Five faces stared at me, debonair and en guarde as well. Heads leaning towards the ground, but raising with a half witty smile upon the first greeting gesture. All leaning against the gas stove. One shook hands, one leaned for the unmistakable hug, the other grinning. Hands outstretched pointing out to the yard, where two gray-bearded uncles were handling the charred ribs that auntie would cut with scissors bone by bone, leaving the meat hanging.

Grandma arrived and a place of honor was improvised for the Queen… The throne was the expected polystyrene chair (and table) and the faux oppressors holding court listening to a fragment of wisdom that seldom came - much to their unhappiness, mixed with a never healing guilt.

Mixed messages, mixed drinks. Hennessey on ice, cranberry and vodka with a tad of orange juice, all with high-decibel laughter oozing through the pores… The throats were soon quieted by too many in-between silences. Negroes from Connecticut, Latinos from, well, way down south. The reverie was coming to a crescendo.

- I’m from N’oleans and there – you’d be suh-prahz’d - them white folks got along fahn with us.

Jamil’s sing-song-soft voice, not boisterous but studious and quiet, also revealed – after some small talk - that he had to leave early to sing in the Church’s choir the next morning. No liquor for him. His heavyset wife sat in the backyard, her head tilting left-right sideways, one eighty, just checking the whole scene, scavenging for trouble, trying to keep Jamil away from it. No need to worry; that was a big man in many ways….

Enter the troops. Men acting like boyzz, while boyzz acting like white guys from Boise. Some short-haired sisters by then were almost napping on yard chairs. Probably knew what to expect day in and out. Ribs, burgers, salmon with green peppers on top, fried fish, seafood pasta salad, green cuts, and more. And more.

 

Crescendo e Aparecendo

Que me perdoe a executiva (trocadalho) do PSOL com seus blue jeans e batas esvoaçantes, e tremenda seriedade na questão de desejar que o Brasil seja realmente um país para todos. O mesmo deve ser dito do (que resta) do PT com seus dirigentes bem intencionados. E da fina flor do PSDB e de outros partidos assim chamados de neo-liberais. O que falta para o sucesso final do país, a meu ver, está calcado em um aspecto técnico que ambas correntes não domaram ainda – como os falsos transplantados peões da novela América na tentativa de amainar bravos bovinos de Barretos. Trata-se simplesmente de compreender o que é o conceito de governança, ou o que se alcunha em Portugal simplesmente de governo. De somente governar, seja o Estado, uma empresa ou o que for. De largar o lança-chamas de lado e arregaçar as mangas.... Existe aqui nas plagas empresariais o conceito da governança corporativa, que em Portugal se chama de forma mui inteligente de governo corporativo. O Estado tampouco não deixa de ser uma máquina corporativa.

Mas governar não se restringe a dizer aos feitores sobre o que (não) devem fazer no âmbito corporativo, social e estatal, vide as mazelas pelas quais empresários de renome passam, ao se associar ao próprio governo. Em primeiro lugar, reza a cartilha, devemos falar em transparência da coisa pública, muito turva, mas que os Senhores do nosso grande Engenho não têm muito empenho em limpar ou desobstruir. O conluio de forças e lideranças políticas antiquadas já nos remete a tempos pré-ditadura, cheirando a um peixe morto juscelinesco, que nos coloca numa absurda condição de falta de progresso político e nos traz a um cotidiano imóvel, pessedista, udenista, petebista e instável, independente da ideologia dos cidadãos. E não se tapa nem o PSOL ou PSDB com peneira.

O curioso da atual conjuntura política nacional é a completa insatisfação de direitistas e esquerdistas com o quadro que se vislumbra e que existe, tanto quando um segura a espátula e o outro o pincel. Em se tratando de dialética e dicotomia, a felicidade de um é o desespero do outro em embates ideológicos. Aqui nem isso! Trata-se de um revezamento olímpico de bastão oco que não leva o país ao crescimento sustentável, cuja definição - para não se cair no slogan, trata-se apenas de crescimento econômico além do crescimento populacional per capita.

Portanto nos vemos numa condição total de paralisia. Há 50 anos mais ou menos. Ou mais. Não importa se a liderança é de um barbudinho gorducho eleito por vias diretas, de um bonitão esbelto, ou de um general fardado por vias indiretas, ainda assim comungamos da mesma hóstia requentada com gosto de fel. Em vez da cacetada ideológica de nos digladiarmos por esse ou aquele motivo, nem sempe escuso, deveríamos juntar forças por uma cruzada, sim, educacional, pensante, e sobretudo moderna.

De parar com a besteira de que o nacionalismo passa pelo fato do Tesouro Nacional ser senhor de empresas. Estas estariam melhor representadas pelo bêbado da esquina que pode ter seu quinhão e seu bocado como acionista, sem estar sujeito aos humores dos governantes. Afinal, como Quincas Borba, seu homônimo Berro D’água e Policarpo Quaresma, esses sim tratam-se de autênticos brasileiros, e as empresas deveriam ser deles, e não do grupelho que se locupleta do Estado, não obstante a ideologia ou viés pensante apontado por seus pontos cardeais. Os dividendos vão para o caixão (o senso late) dois. Deles. Já vimos que a esquerda – sinistra e irada - não detém o monopólio da moralidade. Nem a direita mesmo que “gauche” com linhas tortas de terceira via. Ou seja, como país finalmente atingimos a puberdade e pelos pub(l)i(c)anos afloram.

Melhor então acabar com o saudosismo e nos modernizar. Aprender com o que há de bom dos verdes alemães ou liberais coreanos. Ou quem quer que seja. Mas que é imprescindível dizer à classe política que governar é preciso. Que viver a ver navios não é nem necessário nem mais possível dado o tamanho e responsabilidade que o Brasil atingiu no cenário global. Não se pode viver assim, é hora de crescer, governar e tomar juízo.

Wednesday, May 24, 2006

 

Mientras Tanto en Peru.... O Allá Del...

Vargas Llosa persigue el amor moderno El autor recrea en 'Travesuras de la niña mala' una pasión imposible en las ciudades en que ha vivido
JESÚS RUIZ MANTILLA - Madrid
EL PAÍS - Cultura - 24-05-2006

Cuando París era el centro del mundo, aquellos años en que Londres vivió sin querer la revolución de las costumbres, los días en que Madrid salió de su pacatería para adentrarse en la era moderna, la Lima que acogió a las chilenitas que quitaron el sentido a Ricardo Somocurcio, ese niño tan bueno... Son ciudades en las que transcurre Travesuras de la niña mala (Alfaguara), la última novela de Mario Vargas Llosa (Arequipa, Perú, 1936). Las mismas en las que ha vivido el autor y en las mismas épocas también. "Es una historia de amor moderno, y no es autobiográfica, pero sí hay en ella un tono de nostalgia", aseguró ayer en una rueda de prensa en la sede del Grupo Santillana. Hoy la presentará por primera vez en público en el teatro Español de Madrid.No será el único escenario que pise Vargas Llosa en España para la presentación de su nueva novela. El libro aparece simultáneamente en España y en 18 países de América Latina con una tirada inicial de 300.000 ejemplares, según anunció su editora, Amaya Elezcano, directora de Alfaguara. También la presentará en Barcelona (teatro Romea, el 29 de mayo), Sevilla (teatro Lope de Vega, 5 de junio) y en Jerez de la Frontera (en la Fundación Caballero Bonald, el 6 de junio).
En Travesuras de la niña mala no hay sátrapas ni artistas locos, como en La fiesta del Chivo o en El paraíso en la otra esquina, sus dos últimas obras narrativas. "No necesité documentarme a fondo, tan sólo me ha bastado cerrar los ojos y evocar esos años de los que fui testigo y actor", dice Vargas Llosa. Es una novela de la memoria y de ese mundo inmediato que nos ha transportado hasta el de hoy.
Como todas sus obras, ha ido creciendo en su cabeza durante años, como una llamada. "Nunca sé por qué hay ciertas historias que se me imponen. Viene de hace muchos años, cuando en Lima, en un barrio de clase media, aparecieron dos chilenitas. Fue una historia que yo vi, que recuerdo de niño y desde entonces supe que acabaría por escribir un libro con ellas".
Pero Lily, la niña mala, que bailaba con ritmo sabroso y mucha gracia, no existe. Tampoco Ricardo Somocurcio, ese niño bueno que se enamoró de ella, "como un becerro", escribe Vargas Llosa en el primer capítulo. "Los personajes sólo existen en las novelas, aunque, por supuesto, hay modelos de los que salen", dice el escritor.
Pero esos mundos por los que todos los personajes de la nueva obra de Vargas Llosa discurren y palpitan sí son verdaderos y él los vivió intensamente. Aunque ya no se parecen a lo que fueron. "París ya no es ese mito, hoy los artistas latinoamericanos ya no sueñan con ir allí, prefieren venir a España, o, si son artistas plásticos, a Nueva York. Londres vivió una de esas revoluciones que no se planean, sino que ocurren, como fue la de las costumbres. Creo que ése es uno de los temas de la novela".
¿Y Madrid? "España, para mí, ha vivido la más notable transformación que haya ocurrido en un país en dos generaciones", asegura el escritor y académico. "Si alguien nos hubiera dicho en los años sesenta que los europeos acabarían por venir a corromperse a Madrid, no lo habríamos creído".
Pero Travesuras de la niña mala es una historia de amor, de amor moderno. "Ése es el principal reto. En todas las novelas hay historias de amor. Lo difícil es plantear el asunto de un modo diferente, original", afirma. "Digo que es una historia de amor moderno porque hasta ahora hemos construido ese tema con las patentes del romanticismo, con el mismo uso, ritual y vocabulario. El amor en cada época es una cosa determinada y ahora hay que tener en cuenta que las mujeres no son lo mismo que en el siglo XIX, y eso se refleja en el amor, más libre, menos contenido por la familia y los prejuicios".
Nada de política, advirtieron él y su editora al comienzo de la rueda de prensa. Bastó aquel aviso para que los presentes se retorcieran los sesos en busca de formulaciones que bajo un disfraz literario escondieran intenciones políticas. Y, al final, el autor dio juego. No tuvo más remedio que contestar asuntos sobre la izquierda en América Latina, sobre las próximas elecciones en Perú...
Es imposible que huya del fuerte contexto en el que enmarca todas sus novelas, incluso Travesuras de la niña mala. ¿Si dentro de unos años escribiera otra historia de amor situada en la Latinoamérica de hoy? "No soy un visionario y es difícil hacer pronósticos. Es un continente que cambia, pero tengo esperanza en que América Latina no regrese a los cuartelazos. Espero que ese populismo no resista y no empobrezca a algunos países. Yo creo que son casos aislados, no tengo una visión tan pesimista como otros".
¿Y ese apoyo a Alan García en Perú? "Cuando eliges leer un libro o contemplar una obra de arte, decides entre la excelencia. En política no ocurre eso. En Perú hay dos opciones. Una, García, que puede preservar la débil democracia, mientras que con Humala ésta corre peligro. Es sencillo, entre las dos opciones se trata de escoger la menos mala".

 

EU NÃO ME LEMBO....

(Vi que o posting sobre Lembro gerou uma polêmica anônima, mas deixo aí o que disse Clóvis Rossi hoje... Não tenho nada contra o Senhor Lembro, figura divertida pelo que parece, nem contra ninguém... Exatamente pelo motivo levantado por Rossi. O Severo Gomes já tinha virado MDB naqueles tempos. Não importa, isso é saudável)


"... Antes que a mídia e certos políticos transformem Cláudio Lembo no novo Che Guevara, uma breve ajuda-memória: 1 - Cláudio Lembo foi, durante anos, o braço direito de Olavo Setúbal, o patriarca do banco Itaú. Setúbal, como todo mundo sabe, é um dos sobrenomes mais clássicos e lustrosos da "elite branca" e da "burguesia", um autêntico "quatrocentão". Não consta que, durante todo o período em que trabalharam juntos, Lembo tenha pedido que o "burguês" Setúbal abrisse a bolsa ou lhe tenha cobrado as culpas pela miséria da pátria tropical. 2 - Lembo foi da Arena e, depois, do PDS, os dois partidos que deram sustentação à ditadura militar. Não consta que a ditadura fosse anti-burguesia nem que Lembo tenha feito críticas, por exemplo, às violações dos direitos humanos por ela praticadas, quando os "comunistas" abriam à força a bolsa da "burguesia". 3 - Lembo passou para o PFL, partido que está há 12 anos subordinado fielmente ao PSDB, apoiando todas as políticas que a "burguesia" não cessou de aplaudir, até porque cevada com o pagamento de juros obscenos. Como, de resto, o faz hoje o neo-amigo de Lembo, Luiz Inácio Lula da Silva. Não consta que Lembo tenha reclamado dessas benesses à burguesia nem que tenha descoberto antes a "deslealdade" de seus companheiros de viagem. Doze anos de distração é demais, não? Lembo tem, sim, entre outras, a grande qualidade de não se levar a sério e de ser capaz de rir de si mesmo, o que raramente acontece com os políticos, que se acham mais do que são. Não é culpa dele o surto recente de frases de efeito. É culpa dos que as levamos a sério...."

Tuesday, May 23, 2006

 

This month already... Or still...

"That's George Washington, the first president, of course. The interesting thing about him is that I read three — three or four books about him last year. Isn't that interesting?" —George W. Bush, while showing German newspaper reporter Kai Diekmann the Oval Office, Washington, D.C., May 5, 2006

 

Julián Marías

(Julián Marías em “Tratado Sobre a Convivência”, que pode ser útil para os políticos, e aponta para os perigos da dicotomia social, partidária, econômica, e por aí vai)

“...Foi preciso chegar a tempos recentes para que apareçam os fenômenos de distorção da realidade que estou mencionando. As rupturas da concórdia – que é do que se trata – têm duas condições: uma delas, a atitude totalitária, a idéia de que tudo é politicamente relevante; a outra, o incremento do poder dos meios de comunicação, o que torna possível que os vírus “peguem” e se estendam a grandes parcelas de uma sociedade, ou ao conjunto dela.

Trata-se pois, do que acontece à verdade; quando esta é desconhecida ou negada, não só se perde a liberdade e se é servo da falsidade, como também é suscitada a destruição da concórdia, da capacidade de conviver conservando todas as diferenças, as discrepância ocasionais; em suma, o conjunto das diversas e verdadeiras liberdades...”

Saturday, May 20, 2006

 

Sou de Outras Coisas

Sou de outras coisas
pertenço ao tempo que há-de vir sem ser futuro
e sou amante da profunda liberdade
sou parte inteira de uma vida vagabunda
sou evadido da tristeza e da ansiedade

Sou doutras coisas
fiz o meu barco com guitarras e com folhas
e com o vento fiz a vela que me leva
sou pescador de coisas belas, de emoções
sou a maré que sempre sobe e não sossega

Sou das pessoas que me querem e que eu amo
vivo com elas por saber quanto lhes quero
a minha casa é uma ilha é uma pedra
que me entregaram num abraço tão sincero

Sou doutras coisas
sou de pensar que a grandeza está no homem
porque é o homem o mais lindo continente
tanto me faz que a terra seja longa ou curta
tranco-me aqui por ser humano e por ser gente

Sou doutras coisas sou de entender a dor alheia que é a minha
sou de quem parte com a mágoa de quem fica
mas também sou de querer sonhar o novo dia

Fernando Tordo

Thursday, May 18, 2006

 

Matusquela

Matusquela
Claudio Lembo
Lembro da seqüela
Não tem membro
Na sentinela

Nosferatu
Dos porões
Cadê o João Gordo?
Vacilões

Matusquela
Matuzalém
Matusquela

Cotão solto voa
Abro a Janela
Lá embaixo à toa
Só matusquela

Helter Skeltah
Matusquelah
Lula-lah
Matusquelah
Na Net ou TVA
Matusquelah.

 

Disse um amigo....

Gosto de Sting e Peter Gabriel mas acho que falta alguma coisa ali. A música é boa, mais experimental a do Gabriel, mais jazzística a do Sting, mas as canções não são as mais inspiradas do século, com honrosas exceções. O disco Nothing Like the Sun, do Sting, por exemplo, é muito bonito. Tem aquela:

They Dance Alone

Essa canção é bonita de doer. Mas canção boa não nasce em árvore. Essa turma que fica no meio do caminho entre o pop puro e um estilo mais elaborado (jazz ou prog) precisa começar de uma boa canção. Boa canção quem faz é o bom compositor de canções (aqui entendidas como balada ou porrada, tanto faz), um cara tipo Noel Gallagher, Paul Macca, Joni Mitchell, John Martyn, Bruce Cockburn, Cat Stevens, Thom Yorke (veja como as canções são campeãs mesmo nos trabalhos alternativos do Radiohead), Tony Banks (quando o Genesis começou a creditar individualmente deu pra perceber como esse cabra é gênio da raça), Nando Reis, Lenine, Chico, Djavan, etc...mas aí é um debate que fica pra depois...

Tuesday, May 16, 2006

 

São Paulo By Night

Tudo saiu da Rua Maria Antonia. Não adianta negar. PT e PSDB, e os planos de tomada de poder de ambos, com mudanças de quadros, nos bancos (latu senso) e nas paredes, e de legendas e facções intra-partidárias (traçados há anos) são a face da mesma moeda. Briga de marido e mulher pois nota-se que no viés ideológico não há uma diferença tão acentuada na execução da práxis. Haveria, isso sim, uma diferença acentuada com os que pregam uma ruptura total. Nos grupos de esquerda e centro-esquerda há alguns versejando e solfejando, imprecando contra o demonizado mercado. A nossa escola austríaca de anarquistas infelizmente botou o galho dentro. Não sei dentro do quê e onde.

O curioso é ver gente inteligente demonizando o Lula agarrado na bandeira da ave bicuda. São uns tontos. Melhor a fisiologia de composição mesmo, a única forma de se tocar algo adiante aqui no Bananão. Temos que recorrer à impunidade para evitá-la. Kafka sorri e agradece. E enquanto isso os mais esclarecidos continuam a demonizar os bolcheviques, pobres coitados, apenas um arremedo caipir(inh)a e folclórico dos paulistanos, também provincianos.

Portanto, a renowned political scientist, (gênero indefinido de propósito), sussurrou ao pé do ouvido que isso é uma briga de paulistas, que está levando o país de roldão. Daí a mineirice de Aécio, comprometida por sua veemência quando fala no assunto. De deslocar o eixo do debate para longe da estado do Marcola e do Mainardi. Onde sentimos o odor de sushi de truta de Campos do Jordão ao ver essa calma aparente – após os ataques do nosso mini Onze de Setembro em Maio - culminar com um cessar fogo rigorosamente cronológico.

Estamos reféns do aleijão. Luiz Eduardo Soares plantou a semente da política de combate ao crime no âmbito nacional, idéia posta à escanteio pelas veleidades políticas do ex-governador do Rio, na época compondo com o PT e com o Camarada Dirceu – que não pode ver ninguém mais bonito do que ele. Rezemos o Angelus pois e vamos ver o que Dona Zilda Arns tem a dizer. Ou é isso ou o povo terá que ouvir Sivuca. O deputado não o sanfoneiro.

Monday, May 15, 2006

 

São Paulo By Day

Não sei se Tico Terpins, Próspero Albanese e o Joelho de Porco já anteviam as coisas. Mas isso era São Paulo nos Anos 70.... Foi assim que "Mar-cola" começou os trabalhos que o levaram a ser CEO do PCC, bela carreira executiva....

Fica a nossa solidariedade e preces com as mina e os mano, meu....

Andando nas ruas do Centro
Cruzando o Viaduto do Chá
Eis que me vejo cercado
Trombadinhas querendo
Me assaltar , me assaltar

Trombadinhas que são
Que fazem do assalto a sua profissão
Na Avenida São João
Bebericando cachaça
Sandália havaiana
Tentando assaltar
Na Praça Dom José Gaspar

Tira a mão do meu bolso

Glória Glória Aleluia, Trombadinhas do Brasil....

 

4-3-3

Boa sorte Parreira... Estamos contigo. Você e seu 4-4-2, ou seu quadrado mágico, se esqueceu que no peito dos desafinados também bate um técnico amador... O negócio é o seguinte, essas táticas modernas são bobas, e eu quero a volta do 4-3-3... Explico porquê não sou jurássico... O lance do 4-3-3 não é o início e fim que são ótimos. Dois pontas abertas seguram os laterais, anulando tanto o 4-2-2 como o 3-5-2... O lance é o 3 da meiuca e aí é que as pessoas se confundem achando que é um cabeça de área e acabou pois não há proteção. O 3 aí pode ser usado num 2-1 ou 1-2, dependendo do adversário, dado que o meio sempre é embolado e se busca jogada nas pontas. Se o adverário for bom, deixa o centroavante lá e você continua com o ponta de lança encostando e o meia ajuda atrás, se for time fraco, adianta o meia.... Simples... Assim tá tudo protegido; se partem do meio você segura o lateral e tem proteção na diagonal e, se for time mais fraco, o ponta tem apoio ou faz overlapping com o lateral... O meio sempre estará protegido, mas futebol é rebote e nas jogadas de ponta para o centro-avante fixo temos na sobra o ponta oposto, o ponta de lança e o meia encostando... Puro Claudio Coutinho, puro campeão do mundo arrasando em 82 o timaço do Liverpool por três a zero.....

Sunday, May 14, 2006

 

Roots Rock Reggae

Dateline May, 14, 2006 - Rio de Janeiro.

The Easy All Star concert in the heart of the refurbished downtown nightspot, Lapa, now beaming and brimming with life, with gentrified sections in their centenary homes, was quite a happening. The beautiful young crowd was de rigueur, and the dub was on... Dancehall style, yet anchored in roots tradition, delay, reverb and phasers galore. This project, concoted by the Easy Star label, home to the great diaspora of Jamaican artists making up the New York scene, was quite bold. To turn Pink Floyd's conceptual Dark Side of the Moon into the Dub Side of the Moon. Tamar-Kali displayed an exquisite soprano on The Great Gig in the Sky behind a booming Ras-I-Ray playing a 5-string Fender P that shook the bass foundation to many points in the Richter Scale with stomping yet fluid lines. Some fans went to check out an offering or two of their new work, Radiodread, the dub cover of Radiohead's seminal album, OK Computer. They did not leave disappointed. The cover of Climbing Up the Walls was rooted in a slow-tempo bit that jarred the senses. The album will be out in the second semester with Sugar Minott on Exit Song and Toots and the Maytals, and many other luminaries taking part in the project. It was a best-kept secret in a cozy Fall night, and I urge the American contingent to check out the dates... They will be in New York again on June 8th. and it is worth checking it out. he Dollarman was the "toastah" and was positively right on free-styling on Time and some other hits....

Meanwhile a source at the concert who was part of a closed rehearsal section of Mutantes in Sao Paulo said the band is more than ready for their reunion at London's Barbican in a few days. The band will then embark on a US tour that no one can miss. They are playing with vintage equipment from way back in the day, and the technical crew was in tears after the rehearsal. Zelia Duncan will be the lead singer substituting legendary Rita Lee. The band's crew will be almost 40-strong with lighting people and the works. Mutantes' fans all around the world will be in for a surprise, listening to the sound that influenced from Nirvana to Radiohead.....

Friday, May 12, 2006

 

James in Brazil...

The SS Colorado creaked along a foggy South Atlantic, rocked by a crisp wind that made the waters choppy in that late March. The sun was dawning up and the wooden balusters were sweating up morning dew. Members of the crew were mopping up the remains of a quiet night...

William was intrigued by what he was reading these past few days, when he was not feeling so seasick. It was an account about an Irish expedition that landed in the Amazon in the Seventeenth Century. He was also startled by a jolt of energy he received upon reading Humboldt’s Travels the day before, prompting him to write a letter to his father: “…Hardly had I opened the book when I seemed to become illuminated… When such men are provided to do the work of traveling, exploring and observing for humanity, men who gravitate into their work as the air does into our lungs, what need, what business have we outsiders to pant after them and in a toilsome way try to serve as their substitutes?”

He got up from the wooden bench, letting the sea breeze sink down his lungs as he strolled starboard. Pretty soon Dr. Agassiz’s contingent would be together for breakfast, but he felt the dread that always accompanied him from a tender age when facing similar situations. The unspeakable pressure felt by all humankind at different levels, the rock solid certainty that he would not replicate his grandfather’s professional feats were too much for the young man mired in the deadly web woven by the arts and letters. Yes, unlike his grandfather. But, in fact, a chip off the old block. An entrepreneur. Of ideas. A peddler…

Dr. Agassiz started to outline, while eating, the main course of action for the expedition while the ship was bending down the Brazilian sinuous coast. Chief among his concerns was the vastness of the territory to be explored. He indicated to the group that the research would need focus. He also knew he could count on the multi-talented young William to do work that would go beyond collecting specimens. William’s penmanship and drawing skills were above average, and Agassiz fully intended to utilize them. It was expected – among other things - that William would replicate the local flora and fauna on paper.

Reverend J.C. Fletcher, co-author of a seminal work on Brazil with Reverend Daniel P. Kidder, was the one passenger in the SS Colorado, among 35 in total that made quite an impression on him. William held court around Fletcher, always throwing a brilliant aside and making an impression on the whole group. During lunch, in which the heaviness of preserved food helped to augment the effects of wine consumption, William mentioned an anecdote in the reverend’s book that most amused him. According to Fletcher, while landing in Recife, on Brazil’s Northeast, passengers disembarked from steamers and were carried to shore on a hammock held by two slaves who ran “…as hot sand burned their bare feet…while the strong wind close to the sand hurt the eyes…”

-----------------------------------------------------------------------------------------------



William was apprehensive about the arrival in Rio. He marveled as the ship entered the eastern mouth of the gargantuan bay that had fooled its early explorers, who thought it was the delta of a river in that rainy January. The River of January. The ship curved, penetrating the bay’s mouth surreptitiously, and he could see the far off small flickering lights in the dusk. The approaching sunset to the southwest and the thought that the Emperor would be awaiting to meet the convoy and walk about the boat in five days was enough to jolt him. He remembered conversations that his father had with Ralph Waldo Emerson about the vivacious and precocious emperor Pedro, so admired by Abraham Lincoln. William left the States at the onset of the Civil War. He feared for his brother Wilky who would end up participating in the historical takeover of Fort Wagner down south. A tremendous moment of bravery, artifice, and communion of races. Buffalo soldiers fighting alongside conscripts and well-born sons of the North. Meanwhile, Louis paced around the table nervously as the sailors let the rope go down around the nook into the water. The reception was uneventful, but human beings did not matter. Rather, the matter was in the surroundings.

------------------------------------------------------------------------------------------------

On his second day in Rio, William was taken aback by the raw beauty and lushness of the place. He read editions of the Anglo-Brazilian newspaper given to him. One note on a recent story intrigued him, and he pursued it further with some of his hosts. It was another Irish story connected to Brazil, which seemed odd and incongruous, and yet piqued his interest. It concerned the Irish convoy from County Cork, led by Captain Cook, who was tricked to come to Brazil whereupon, so they supposed, they would get tillable land. As in anything that is Brazilian to its core, it was a half-truth, a hoax. Typical of some later vaudevillian act announced around Rio’s Central Avenue, this was not to be. The Irish, smelling deceit, rebelled. Ironically, the fiercest encounters were in tandem with Germans against newly freed Negro slaves. After the deafeat, part of the Irish group went to Argentina while another contingent went to Bahia, later departing back home.

The expedition set up headquarters at Rua Direita, one of Rio’s main streets then. In a letter to his family, William mentioned the impression Rio had on him: “No words of mine….can give any idea of the magnificence of this harbor and its approaches. The boldest, grandest mountains far and near, the palms and other trees of such vivid green as I never saw anywhere else.”

William quickly settled at Rua Direita, and was having the habitual pangs associated with his social uneasiness. A quick stroll to the marina was enough to restore his soul back to that state of affairs that was a betrayal to melancholy. The enmeshing of blue hues as the sea met the heavens at a tiny opening that was the bay’s mouth. Roundabout, the picture was framed by greenish hills that would span at all degrees.

 

Morning Bell - Confusion and Allusion

Bump on the head! The funniest thing about the perceived crisis in Latin America is the fact that the rest of the world does not give a rat's arse about what is going on here. Just like we can pretend we are very interested in the shenanigans going on at the health ministry in Togo, or the mayoral elections in Myanmar... We do not care about each other, at least to read and learn about the differences...

All so-called "cucaracho" leaders are gathering in Europe, seemingly oblivous to the fact that anyone with an IQ of a garbanzo bean are laughing it all the way... (Behind their backs, of course). Have you noticed Evo Morales' accent in Spanish? He cannot even speak Spanish, it is a slur, a blur that emanates from a mouthful of air, errr, gas..... Now we probably will discuss the dilemma: chivalry or cavalry? He pronounces "hidrocarboneto" as "hidrocarburo". Maybe it is cool to say it like that in his teepee gatherings, but not out here, where the dogs don't bark....

There is no political solution, just send me somebody who is strong and somewhat sincere. As I said before, at least Bush will retire to rake leaves in Texas or read books upside down to needy children as he faces the empire's sunset.

May God Bless us All...

 

Jorge Guillén

DESNUDO

Blancos, rosas... Azules casi en veta,
retraídos, mentales.
Puntos de luz latente dan señales
de una sombra secreta.
Pero el color, infiel a la penumbra,
se consolida en masa.
Yacente en el verano de la casa,
una forma se alumbra.
Claridad aguzada entre perfiles,
de tan puros tranquilos
que cortan y aniquilan con sus filos
las confusiones viles.
Desnuda está la carne.
Su evidencia
se resuelve en reposo.
Monotonía justa: prodigioso
colmo de la presencia.
¡Plenitud inmediata,
sin ambiente,
del cuerpo femenino!
Ningún primor: ni voz ni flor.
¿Destino?
¡Oh absoluto presente!

Thursday, May 11, 2006

 

O Messias do Planalto

No Brasil, o futebol é religião. E agora, por que não a política, já que temos quase duzentos milhões de marketeiros e técnicos? Todos aliás obrigados a contribuir para a fumaça branca exalando da chaminé do Planalto a cada quatro anos....

Pois na reta inicial da corrida presidencial, Lula parece estar lá a estalar... Apesar das crises. E quem vem no vácuo tem chance de ir além do Troféu Abacaxi. Como Alckmin. Jocosamente conhecido como Chuchu, o alquimista paulista – que está caro para como ele só – faz jus à máxima química de ser conhecido como o segundo estado líquido da água, dado o que certas pessoas pensam sobre seu carisma. E por fim, só nos resta a análise do próximo, e de seus seguidores. E ficamos assim na santíssima trindade. Composta também por Garotinho. Deste terceiro candidato aparente, diz o velho chavão que quem pariu Mat(h)eus que o embale, e – agrego - que o alegre docemente com balas de Cosme e Damião. No embate presidencial, sempre tentam abalroar a proa do líder e a dos que postulam à pústula. Mas o que poderá consagrar por fim um dos três que disparam na liderança é ver a postura mercadológica dos mesmos em termos do que absorvem de fatos, dados e sapiência. E por qual tipo de absorção de tais fatos, se via televisão, leituras, rádio, computador ou o que valha. E, principalmente, olhar para como lidam com a religião ainda que sub-repticiamente. Este é o fator principal.

E isso é fácil de fazer. O atual líder que, inconscientemente, faz a apologia da não-leitura, ao citar muitas vezes o seriado JK da TV Globo como o opus magnum da sua sapiência política, inclina-se pelo áudio-visual. Tudo bem. Talvez. Assim era Ronald Reagan e assim é George W. Bush. Os pré-citados do Norte não passaram as privações do supra-citado do Nordeste. Mas isso não é desculpa. Senão nosso maior autor não seria Machado de Assis. Lula assiste a partidas do Corinthians pela TV, não participando de confrarias, pensatas ou tertúlias. Ao contrário de Collor, não sobe a rampa planaltina, e nem leva um tomo debaixo do braço ao chegar para o despacho matinal. Não comunga das máximas de Saulo de Tarso, que veio a dar sem querer o toque de batismo final ao time de futebol caro ao presidente (e a Kia Joorbachian, um iraniano) numa carta ao povo de Corinto. “....Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos não dando [a] nós nenhum motivo de escândalo em coisa alguma, para que o nosso ministério não seja censurado...”

Deveria Lula pois, ensaiar alguns passos ainda que tornitruantes nas páginas de algum alfarrábio até... Qual que fosse... Podia pular da leitura de Monteiro Lobato, já que atingiu a propalada auto-suficiência petrolífera, a um Guimarães Rosa com prosa nonada que lhe soaria familiar.... Pelo menos Lula jamais leria um livro de cabeça para baixo para crianças como fez seu peculiar amigo Bush, MBA de Harvard.

Mas parece que quem pode angariar mais votos do que Lula e Alckmin é o Sec(re)tário Garotinho, que sempre evoca o livro fundamental e se esquece da máxima da carta de (outra vez) Saulo de Tarso ao povo de Corinto, tão caro ao presidente no futebol, e a ele, o outro postulante, no que concerne a liturgia ou teologia do cargo. “....Como entristecidos, mas sempre nos alegrando; como pobres, mas enriquecendo a muitos; como nada tendo, mas possuindo tudo....”. Em termos de segurança pública, Garotinho inclina-se mais para dar a outra face do Novo Testamento do que se fiar no olho por olho do Tanach judaico. Ou melhor, fia-se mais no protestantismo de suas aulas de segurança pública na veneranda Scotland Yard, do que no embate nos morros cariocas. Mas lhe afeiçoa o rádio pelo que mostra sua trajetória profissional. Não nos consta que participe de programas de formação oral política debatendo autores como Maquiavel.

Quanto ao candidato tucano há uma incógnita a seu respeito. Afinal faz parte do partido de elites intelectuais, gostem ou não de suas inclinações e de seu ideário. Das pessoas que ao menos tem dinheiro para comprar livros. Mas algo parece estranho nessa não-equação. O nome científico do tucano é sugestivo: Ramphastos toco. Ou seria tosco? Não importa. Alckmin deve ter livros recomendados por sua esposa, como “Educar em Oração”, na cabeceira. Deve ter lido tudo de seu secretário de educação Gabriel Chalita – autor da obra citada – e que publicou mais livros do que viveu anos aqui nesse vale de lágrimas, reza a lenda. Opus Dei? Diz Alckmin que são calendas... De resto, nada se sabe sobre o candidato tucano, uma verdadeira tabula rasa para muitos de nossos compatriotas. Gosta de Asterix, Danielle Steel? Que tal Norberto Bobbio, Burke ou Nietzsche? Não sabemos. Por sua postura afável, parece que não saberemos tão cedo.

Mas a leitura ou visão teológica deles não nos importa. E sim a leitura que fazemos deles. E ao exarminar esse tema, vemos que isso é o que há em comum entre os três, por mais absurdo que isso possa parecer. Principalmente aos que querem ejetar o presidente do comando da aeronave – novinha em folha.... Ou seja, há um pendor pela temática teológica. Ao menos ao que parece. Outra vez, nada de errado nisso. Mormente não temos que nos preocupar com isso num país pluralista como o Brasil. Não corremos o risco de perseguir à morte um cristão que queira tornar-se kardecista ou muçulmano. Se tivermos algum dia um Mullah no comando do país que seja oxítona e não paroxítona. Ainda assim os renitentes poderiam apontar para o fato de que os oxítonas, segundo sua carta teológica, não podem cobrar juros. Aí a celeuma para o futuro da nação sairia do Copom e ia parar na Academia Brasileira de Letras.

This page is powered by Blogger. Isn't yours?

Free Web Site Counter
Free Counter