Tuesday, September 05, 2006

 

Baixo Calão

(Pior que os palavrões de Lula, é essa passagem do livro “Viagens com o Presidente” do Eduardo Scolese e Leonencio Nossa, realmente de arrepiar e dar calafrios a simpatizantes do presidente ou não)


“… Um clima anti-Lula é esperado em Maceió, onde o presidente aterrisa no retorno da viagem à Guatemala e aos Estados Unidos. Ele participa da inauguração do novo aeroporto da capital alagoana....

...Presidente do Senado, o alagoana Renan Calheiros faz aniversário justamente no dia da visita de Lula, seu aliado. E, como presente, pediu à senadora Heloísa Helena do PSOL, que evitasse manifestações naquele dia. Algum tempo depois, Renan confidenciou a jornalistas o pedido que fizera à colega radical...

De fato nenhuma bandeira do PSOL é estendida no aeroporto. Apenas cerca de cem manifestantes do PSTU e do PDT aparecem para protestar contra Lula. Mas todos são obrigados a permanecer do lado de fora do evento.

A segurança da presidência revista e lê todas as faixas dos convidados à solenidade. Quem leva faixa contra o governo não entra. Cerca de duas mil pessoas têm acesso à área em frente ao palanque. Todas arregimentadas por sindicatos da CUT, pelo governo do estado e pelo PT...”

Friday, September 01, 2006

 

A Verdade

"Esboce um programa de vida. Desenhe sua rotina espitirual. Tente mantê-la sistemática e regularmente. Dedique-se com vontade. Não perca um único e precioso minuto. A vida é curta. O tempo voa. O tal ‘amanhã’ nunca chegará. É agora ou nunca. Levante-se com o firme propósito: ‘Me tornarei um Yogi nesta vida, neste exato momento.’ Pratique séria e contanstantemente a Yoga sadhana ou abhyasa. Se você for realmente sincero em sua prática e seu sua mente estiver cheia de vairagya ou desapego e desejo de libertação, você conseguirá atingir a perfeição em seis anos. Não há dúvidas.”

- Swami Sivananda, Sure Ways of Success in Life and God-Realization

"Ahimsa satyasteya brahmacharya aparigraha yamah"

- Patanjali, Raja Yoga Sutras

II - 30. Os yamas consistem em não ferir, ser verdadeiro, não roubar, conter-se e não ser consumista. Os yamas, ou abstenções, são as mais básicas de todas as práticas espirituais. São o elemento comum a todas as religiões. Estas formas de auto-controle purificam o indivíduo e eliminam as influências negativas que elas possam ter nos outros e no seu ambiente. A violência, seja em pensamento, palavra ou ação, deve ser evitada. Não ferir significa mais do que não causar dor física. A dor psicológica pode ser muito mais devastadora. Quando nos tornamos completamente inofensivos, até animais selvagens se aproximam em paz. A função da verdade é manter a harmonia através da confiança. É melhor se manter em silêncio do que dizer uma verdade que causará dor ou que vem à tona pelo motivo errado. Uma pessoa verdadeira é poderosa, pois o que diz passa e sua palavra é definitiva.

- Swami Vishnu-Devananda, Meditation and Mantras



A verdade é o trono de Deus. A verdade é Deus e só ela triunfa. A verdade é a lei básica da vida, seu significado e objetivo principal. A verdade é a lei da liberdade, a falsidade é a lei da escravidão e da morte. A verdade é justiça, fair play e elo com as leis fundamentais da ética. Pureza e verdade se desenvolvem e despertam a Divindade adormecida em você e o guiarão à perfeição.

Ser Verdadeiro é o primeiro pilar do templo da realização spiritual. A verdade é a porta do reino de Deus. A verdade é como uma escada, que o leva ao reino da alegria eterna.

Falar a verdade é a qualidade mais importante para um Yogi. A verdade é a rainha das virtudes, a virtude suprema. A verdade é a essência dos Vedas. O controle das paixões é a essência da verdade. A abstinência ou negação das alegrias mundanas forma a essência do auto-controle. Esses atributos estão sempre presentes em uma pessoa virtuosa.

Verdade e correção, luz e Alegria. Não machucar, castidade, pureza, justiça, harmonia, perdão e paz são formas da verdade. Impacialidade, auto-controle, modéstia, perseverança, dignidade, bondade, renúncia, meditação, coragem, compaixão e não ferir são várias formas da verdade. Todas as virtudes acima, apesar de aparentemente diversas, têm uma única forma, a verdade. Todas a suportam e fortalecem. Quando você trilha o caminho da verdade, todas as virtudes são alcançadas. Quando se rega a raíz, todos os galhos são automaticamente regados. Seja verdadeiro. Toda correção está contida neste único mandamento. O que quer que faça, seja verdadeiro consigo mesmo e com o mundo. Não esconda seus pensamentos. Seja franco, sincero e claro. Seja direto e corajoso quando expresser suas opiniões. Seja fiel à sua fé. Não engane a quem conta com você. Cumpra suas promessas mesmo que lhe custe a vida. Sua vida pode acabar, mas não a sua palavra. Não concorde levianamente com ninguém, com nada. Sempre pense, cogite, reflita e diga: “Pensarei sobre isso e falo com você depois.” Não prometa, diga apenas: “Tentarei. Pensarei sobre o assunto.” Você se salvará e não cairá em um mar de problemas, arrependimentos e tristezas. Mentir é um grave pecado. Aquele que mente perde a confiança das outras pessoas. Jamais acreditarão nele mesmo que fale a verdade. O hábito de mentir enraíza-se quando constante. Uma pessoa precisa contar várias mentiras para corroborar uma pequena falta de sinceridade. Uma mentira acobertada por outra mentira, gera novas mentiras. Um pecado acobertado por outro pecado gera mais pecados. O mentiroso é um covarde. Contar mentiras é um sinal de covardia. Diga a verdade e se tornará corajoso. A verdade é completa em si mesma. É forte em si mesma. É corajosa e não tem medo. Não tem limites de tempo e espaço. É um livre e destemido pássaro no céu que não se incomoda com status. É riqueza em si mesma. Existe mesmo sem apoio externo. A verdade pode ser comparada com o pasto e a mentira com um arbusto espinhento. A pessoa que comete e pratica falsidades está sempre temerosa, não tem tranqüilidade, tem medo, precisa de confiança, pois tem sempre a sensação de que algo ruim pode acontecer. A verdade, ao contrário, é o caminho da correção, que certamente leva ao sucesso. É um caminho reto, sem encruzilhadas.

Certas falsidades acontecem quando se segue o caminho da verdade. É inofensivo quando uma mãe amamentando seu filho diz que um pedaço de doce foi levado por um corvo para distraí-lo, e o consola dizendo: “Não tem problema, eu lhe trarei uma fatia ainda maior de bolo à noite.” Não há fasidade quando não interferimos na vida de outras pessoas, não ferimos seus sentimentos, ou os machucamos. Se você se recusa a dar um empréstimo, que certamente lhe fará falta, se você não empresta seu lápis ou outro objeto qualquer, essas não são falsidades. Uma pessoa de palavra, um moralista e um espiritualista têm diferentes concepções da verdade. Um moralista se preocupa com o resultado da verdade. Se a vida de inocentes pode ser salva por uma mentira, ela se torna verdade, pois o bem maior foi atingido através dela. Se a verdade trouxer sofrimento para muitas pessoas, ela é falsa de acordo com o moralista.

Para o espiritualista, Brahman é a Verdade; este mundo é irreal, mera ilusão. O mundo é falso, o Absouto é a única Verdade. O mundo é representado pelo sexo e o ego. O Absoluto é representado pelo Ser Supremo. A verdade não é expressa nem mesmo pelo “Satchidananda” (Existência-Conhecimento-Alegria-Absoluto). É apenas um parente da verdade. A verdade é ainda maior, melhor e mais ponderosa. A verdade é; a mentira não é. Portanto não é correto dizer que a verdade é única, pois a verdade é a própria existência. A verdade é pública e não pode ser escondida mesmo que se tente. Ela persiste e se expressa mesmo na maior das mentiras. A maior verdade é o absoluto. A mentira é uma sombra da verdade. Tudo que muda é falso. Portanto, a verdade é infinita. Ela persiste quando tudo o mais falha.

Tudo que vem de Brahma (o Criador), até mesmo a folha de grama, se move em direção à verdade, consciente ou inconscientemente. A única diferença é o grau de consciência ou de purificação mental ou sutileza da condição. Cada folha que voa ao vento, cada sopro que emana de nós, cada verdade é a morada eterna de todos os seres. Nela tudo existe e atinge a satifação e paz permanente. É a verdade que triunfa sobre a falsidade, não a falsidade sobre a verdade, independente do que as aparências mostrem.

As escrituras são enfáticas ao declarar: “Diga a verdade; só ela triunfa, nunca a falsidade.” Deus é Verdade e a Verdade deve ser realizada ao ser dita. Uma pessoa verdadeira é livre de medos e de toda ansiedade. Tem uma mente calma. Quando se cultiva o voto de dizer a verdade por doze anos, atingimos a “perfeição da palavra”. Assim, tudo que a pessoa disser se perpetua. Haverá força em suas palavras.

Seus pensamentos devem estar afinados com suas palavras e estas com suas ações. No mundo, as pessoas pensam uma coisa, dizem outra, e fazem uma terceira. Isto é horrível e não passa de uma fraude. Você precisa prestar atenção no que pensa, no que diz e no que faz com cuidado. O pouco que se ganha em mentir não é vitória alguma. Você polui sua consciência e infecta seu subconsciente. O hábito de mentir o acompanha na vida futura e o faz sofrer a cada renascimento. Medite sobre a verdade.

Busque inspiração na vida daqueles que se sacrificaram pela verdade. Escreva com sangue as palavras “Diga a Verdade” em cartões e os espalhe pela sua casa. Isto o lembrará da verdade quando for tentado a mentir. Você se policiará. Até que chegue o dia em que você estará habituado a dizer a verdade sempre. Penitencie-se jejuando quando mentir e anote em seu diário. Mantenha-se no caminho da verdade a todo custo. A verdade tem brilho próprio, e ilumina o que está ao seu redor. Quando você tem o compromisso com a verdade, sempre e em todos os lugares, não poderá ferir ninguém. A paz perfeita e a felicidade verdadeira serão alcançadas.

Devote-se à verdade. Prepara-se para sacrificar sua própria vida por ela. Você desenvolverá sua perseverança e se tornará destemido. Extrairá enorme coragem e força do Ser Supremo em você.

Se você me perguntar: “Qual é a primeira realização de Deus?” Eu direi: “A primeira, segunda e terceira, ora, todas são a sinceridade.”

Deixe que a verdade e a pureza illuminem sua carreira, guiem sua conduta e construam seu caráter. Se a mente estiver impura, você nada realizará mesmo que medite vinte horas por dia. Mesmo Yudhisthira teve que ir ao inferno quando disse uma mentira – modificou, torceu a verdade de maneira engenhosa. A verdade não admite truques. Se falar a verdade leva desonra, ou fere causando dor a alguém, deixa de ser uma virtude. Se torna um pecado mortal. Diga o que é verdadeiro e agradável. Não diga verdades desagradáveis. Não diga mentiras agradáveis. A verdade existe sempre em estado puro e imaculado. Ela pressupõe auto-censura, desapego, perdão, paciência, persistência, carinho e amor. A paz é a verdade e a verdade é a paz. Se você aspira a paz, seja sempre verdadeiro. A mente se eleva com a verdade. É purificada através de idéias sublimes, divinas. Através da prática da verdade, a alma se purificará, brilhará como um claro espelho e refletirá a radiante forma divina do senhor. Tudo está bem com aquele que tem o coração voltado para a verdade. Nenhum mal o atingirá. O caminho da verdade é acidentado, escorregadio e cortante como o fio de uma lãmina. É um caminho difícil. Os grandes homens o trilham para atingirem a perfeição. Cultive a companhia de almas desenvolvidas que trilham o caminho da verdade. Note sempre com atenção o que ocorre na mente. Não pratique nenhuma má ação. Seja uma alma nobre e magnânima. A nobreza é a verdade e a verdade é a nobreza. Se rirem de você, mantenha-se em silêncio. Nunca responda.

 

Viva a Informalidade!

A vitória da informalidade é a única solução do país. O ApeTeuta disse em um de seus raros proncunciamentos que “não me venham com a lenga-lenga da questão tributária” ou algo parecido. O curioso é que ele não tinha tomado seu Old Eight quando falou isso senão o recheio seria adjetivado com belas palavras de baixo calão.

Mas quando se vai ao Sendas e um mel no potinho micro custa dez reau, uma garrafa do mesmo na rua custa os mesmos dez reau e de um mel de melhor qualidade. Tudo está de cabeça para baixo. Ou seja, não temos que jogar os informais na formalidade. Temos que diminuir todos os custos, com reforma tributária completa, para que os “formais” se aproximem da realidade de uma economia menos custosa, praticada pelos informais. Não preconizo obviamente a sonegação. Mas critérios tributários mais sensatos, informalizando o setor formal.

Não vejo nenhum economista falando nisso. E sim vejo uma tentativa não criativa de trocar um problema econômico por uma questão de heráldica, ao de se tentar auferir brasões aos não-barões mas com armas já assinaladas e apontadas para a nossa cabeça. Tanto o governo, escorchando o micro-empresário, como o bandido na indústria do furto, que é arriscada mas que gera uma receita tampouco declarada como o Caixa 2 dos “federais”.

O sistema está caduco, viciado e moribundo. O brasileiro é informal por natureza. Bastam apenas uns dois ou três micro-tributos que a base de arrecadação se ampliará compensando perfeitamente a desigualdade momentânea na arrecadação. Tem que mexer nesse vespeiro com roupa de apicultor ou não.

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