Friday, January 15, 2010
Pense no Haiti
Não falemos nem em questões econômicas agora. O quadro é avassalador e pede solidariedade humana. O que em si só é oxímoro. O ser humano e solidariedade. Fora Zilda Arns, e outros poucos, pois toda regra tem o excesso (sic), não somos solidários, e falhamos mais que Corcel 73 com carburador entupido. Eu, inclusive, a cada minuto. O que me provoca uma certa revolta é a noção teológica de que o Haiti fez por merecer, ou que, estava tudo tão errado que Deus se vingou como Sodoma e Gomorra para um novo despertar. Falo isso dos que sabem das mazelas do Haiti (da primazia haitiana em termos de liberdade), de ser insubordinado às ordens alheias dos poderosos, vide que não falaremos sobre estas, posto que espero que os leitores saibam. Primeiro país quilombola a mandar os donatários ao kiparal...
Pois bem, de ouvir relatos de sermões e transmissões de rádio aqui, fico consternado com a falta de apuro teológico – se é que isso existe - nessa hecatombe.
Quando falei aqui de futebol, quase fui linchado mas não me furtarei de falar de teologia. Como um Loco Abreu.
Pois bem, para os irmãos cristãos não católicos, a Bíblia protestante não possui Tobit, Judith, Macabees, Sirácida (Eclesiástico, não o Qoelleth de Haroldo de Campos e o bom Eclesiastes dos Byrds – lacuna cultural), e Baruch. Uma pena. Isso foi um conselho de anciãos pré-Cristo (somente judeus e nenhum “cristão” obviamente) mas é considerado “apócrifo”, como livros do Novo Testamento que foram limados por vários conselhos católicos a posteriori, e aí não vale a pena entrar no debate. Limar coisa própria é alguma coisa, a que não te pertence, já demonstra o abuso.
Agora o que “Não Judeus” tiveram que entrar e sacramentar em debates no Tanach foge à minha compreensão, ainda mais usando suas bíblias incompletas e surradas, suvaco abaixo pelo país analfabeto e interiorano afora, deformando o debate político. Falando da debacle de um país morto, me foge ainda mais de algo perto de preceito de solidariedade e inteligência teológica e humana. Fico chapado. Parece coisa da macumba que tanto criticam e eu adoro, como espiritualista completo. Ora Agostinho era religioso à medula mas é pai da epistemologia da filosofia ocidental para laicos, religiosos, gregos, troianos e frankfurtianos.
Isso me tira do sério. O Haiti nunca nem pode ter programas econômicos sérios dada a precariedade completa da situação avassaladora. Vai contra o patrão, aguenta o rojão. E jogar a culpa nos Céus? Onde vamos parar com tamanha imbecilidade?
Vamos replantar o país, vamos todos usar o Haiti como o anti-Iraque o anti-Afeganistão, onde todos dão às mãos, sem ideologias e preconceitos e preceitos vulgares de telha de amianto (que não faz bem à saúde) e puxadinhos ideológicos. Dani, do Viva Rio, vive, mas quantos morreram? Duvido que ela saiba dessas bobagens. Como Zilda Arns... Que sabia muito bem, mas sorria e fazia seu trabalho como "Cheshire Cat"...
Pulhas jamais....
Pois bem, de ouvir relatos de sermões e transmissões de rádio aqui, fico consternado com a falta de apuro teológico – se é que isso existe - nessa hecatombe.
Quando falei aqui de futebol, quase fui linchado mas não me furtarei de falar de teologia. Como um Loco Abreu.
Pois bem, para os irmãos cristãos não católicos, a Bíblia protestante não possui Tobit, Judith, Macabees, Sirácida (Eclesiástico, não o Qoelleth de Haroldo de Campos e o bom Eclesiastes dos Byrds – lacuna cultural), e Baruch. Uma pena. Isso foi um conselho de anciãos pré-Cristo (somente judeus e nenhum “cristão” obviamente) mas é considerado “apócrifo”, como livros do Novo Testamento que foram limados por vários conselhos católicos a posteriori, e aí não vale a pena entrar no debate. Limar coisa própria é alguma coisa, a que não te pertence, já demonstra o abuso.
Agora o que “Não Judeus” tiveram que entrar e sacramentar em debates no Tanach foge à minha compreensão, ainda mais usando suas bíblias incompletas e surradas, suvaco abaixo pelo país analfabeto e interiorano afora, deformando o debate político. Falando da debacle de um país morto, me foge ainda mais de algo perto de preceito de solidariedade e inteligência teológica e humana. Fico chapado. Parece coisa da macumba que tanto criticam e eu adoro, como espiritualista completo. Ora Agostinho era religioso à medula mas é pai da epistemologia da filosofia ocidental para laicos, religiosos, gregos, troianos e frankfurtianos.
Isso me tira do sério. O Haiti nunca nem pode ter programas econômicos sérios dada a precariedade completa da situação avassaladora. Vai contra o patrão, aguenta o rojão. E jogar a culpa nos Céus? Onde vamos parar com tamanha imbecilidade?
Vamos replantar o país, vamos todos usar o Haiti como o anti-Iraque o anti-Afeganistão, onde todos dão às mãos, sem ideologias e preconceitos e preceitos vulgares de telha de amianto (que não faz bem à saúde) e puxadinhos ideológicos. Dani, do Viva Rio, vive, mas quantos morreram? Duvido que ela saiba dessas bobagens. Como Zilda Arns... Que sabia muito bem, mas sorria e fazia seu trabalho como "Cheshire Cat"...
Pulhas jamais....
