Friday, November 23, 2007

 

Nada muda...

O orçamento nacional deve ser equilibrado.

As dívidas públicas devem ser reduzidas.

A arrogância das autoridades deve ser moderada e controlada.

Os pagamentos a governos estrangeiros devem ser reduzidos se a nação não quiser ir à falência.

As pessoas devem novamente aprender a trabalhar em vez de viver por conta pública.

Marcus Tulius Cícero

Roma 55 A.C.

Wednesday, November 21, 2007

 

Estocolmo

Conversava com um amigo sobre a Síndrome de Estocolmo, pesquisei e vi que nome foi dado depois de um assalto em 1973 ao Kreditbanken na mesma cidade. O assalto resultou em seqüestro e no fim da trapalhada, um dos reféns foi visto beijando um dos algozes. As vítimas se recusaram a colaborar na denúncia dos “captores”.

Então extrapolamos e pensávamos se a vida é vivida numa grande Síndrome de Estocolmo, quando passamos de uma situação à outra; umas boas outras nem tanto, onde somos mantidos à nossa revelia em algum estado – físico ou circunstancial. Trata-se da vontade de mudar tudo, chutar o balde, mas a circunstância unamaniana nos mantém ali, mais ou menos sem sair do lugar, pois já estamos acostumados com o demo que nos é familiar.... Interessante....

Monday, November 12, 2007

 

Surian

Frei Floriano Surian fez 80 anos ontem... Trata-se de uma figura ímpar no rol de franciscanos que habitam esta cidade. Já tinha escrito um perfil sobre ele nos Anos 80 em inglês para a publicação Saint Anthony Messenger, a revista oficial dos franciscanos de lá. Suas missas no Convento de St. Antônio converteram milhares de fiéis, muito menos pelo histrionismo praticado nos ritos atuais e sim por uma moderação, reflexão e serenidade nas homilias. A voz pausada, invocando sempre um pedido de ajuda nas vocações era o ponto forte. Dizia que se pelo menos não formasse novos noviços, formaria homens com um certo conhecimento de causa. Mas isso ele não dizia. Ele apostava numa redencão mais otimista: diz que assim formaríamos pelo menos homens com caráter. Isso dizia como uma espécie de “salto de fé” que era mais como um auto de fé kierkergaardiano. Ficou por uns tempos numa paróquia em Niterói, fez um belo trabalho pastoral, e é um grande artista, seus desenhos podem ser vistos na Boa Nova que mantém nas páginas do site Rio Total. Reza ainda as missas de nove da manhã no Convento. Batalhou os tremores e temores (mais Kierkegaard - sem querer - no "Fear and Trembling"). Sua benção sacerdotal pessoal sempre evoca o Leão da Tribo de Judá sendo fiel ao responsório de “António”, o português. Sua visão ética e moral é simples, mas não simplista. Equivale ao apego e crença que monges budistas ou sábios vedânticos têm com suas culturas – no sentido amplo – teológicas. O seu admirador, mesmo numa conversa ao pé de ouvido, se for mais moderno e liberal em seus costumes e maneira de pensar, pode se preparar para levar um pito, como levaria de um mestre yogi. Suas reflexões sobre o Evangelho lá estão no site supracitado. Paulista, é irmão de Frei Carmelo, que publicou um livro sobre a devoção à Santa Clara. Por intervenção divina quis ele encomendar a alma de meu tio Alfredo, criatura sofrida, em pleno velório, o que causou uma certa placidez em todos os familiares. Curioso é que Frei Floriano sofre de “tremor fundamental” O jogo de palavras em inglês e português é inevitável. Enfermidade, Enfermaria, Infir-mary, Enfermo, Infirm... O que parece não ser firme já se associa à doença, por tremer, por estar em movimento. E que por dentro é uma rocha avassaladora e inabalável. Há muitos destes por aí. Fazem das tripas coração, e por eles pedimos misericórdia e rogamos por piedade eterna. Frei Floriano encarna tal idéia... Foi e sempre será meu mentor espiritual e minha âncora, mesmo nas leituras cabalísticas, floreios vedânticos, flertes com Shiva, e salamaleques com o animismo pátrio ou com a física quântica. Milagres, quando não resta mais nada, só os (vi)vi sob a influência do que me foi passado por ele. E nada é contraditório, pois expiação e redenção é parte de todas as historietas, mormente as sagradas. Muitos anos no seu geneclíato.... Os que andam enlouquecidos, morosos, ou tristes (e mesmo os felizes e contentes) neste zoo-ilógico atemporal, galático e universal oram por ti. Por orares sempre "pro nobis".

Tuesday, November 06, 2007

 

Cinema Transcedental

Cinema Trans - sem - dental...

Vendo uma batelada recente de filmes, cheguei a uma conclusão grata: a maioria esmagadora de filmes que venho vendo ou revendo são brasileiros. O Via Láctea, por exemplo, é realmente sublime. Tem uma parte meio que “Eu te Amo” do Jabor, com a meta-linguagem da tele em ação, sussurrando conselhos a um dos personagens. A temática do amor, dos desencontros, com uma S. Paulo ao fundo. Sempre cinza, conflituosa, mas poética. Trata-se de algo mais artístico, as temáticas que são cruciais mas não filmadas por um Francis Ford Cópula, deixando de lado a luxúria um pouco, esta não tratada rodrigueanamente e sim como consequência e não causa do amor.

Contraponto com o SuperBad do Greg Mottola que vem se mostrando um gênio a cada filme, numa comédia escrachada e inteligente pra cacete e o Podecrer do Arthur Fontes, puro divertimento saudosista para quem vivenciou aquela época como eu. Diversão leve e questionamentos mais profundos. Assim é a gangorra da vida. Cinema que morde sem dente, mas machuca do mesmo jeito. A qualidade de som e imagem apresentam melhoras a largos passos, inclusive nas imagens incidentais propositadamente sujas... Bem feito!

Saturday, November 03, 2007

 

Amiss....

Tive o prazer de ouvir mais uma das palestras do Lélio Lauretti, um dos grandes humanistas do mercado de capitais, do alto de sua maturidade e anos de uma vida que imagino ser interessante. Ele ponderou que devemos deixar de lado a competição e pensar na competência, fazendo um contraponto aos “olímpicos” gregos e romanos. Nos esportes individuais a competição é a busca da competência e superação própria, sem involver os que estão ao redor de forma direta. Concluiu ele de forma cabal que nada de grandioso foi obtido pela competição e sim pela competência. Nisso penso numa recomendação de leitura recente de um livro de Caroline Myss, que se chama Atos de Poder, onde ela enumera sete estágios da prática de compaixão e generosidade, mostrando o bem emocional que isso nos faz.

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