Wednesday, June 28, 2006

 

Pessoa Cabral

Por onde estou, não penso, não faço,
Aonde sou, não sei o meu traço.
Naquilo que penso, me calo, engasgo.
E o meu estalo... Não gera um passo.

Sigo sentado, sentindo o mormaço,
De pé eu tremo, como um fino aço.
Se penso e ajo, a jato me sai,
A coisa viva que nunca me trai.

Na fala sem toque, concreta no ar
Eu sigo assim com um discreto mal-estar...
Se vejo e almejo o que é de falar,
A vida estanca e tranca o luar.

No fundo do peito, desfeito de dor,
Ainda seguem razões, segue o horror...
E se sinto falta de luz e ardor,
No coração bate sempre o tremor...

Não fera em batalhas tingidas, fingidas,
Ungido só com mortalhas feridas,
Me nego, renego o tom decantado,
Me debruço assim, atabalhoado....

Se ando em desastre, que arde tragado,
retalho do corte e atalho negado...
Na lápide fria mas sempre ardente
Se fecha o verso fiel ao repente.

Tuesday, June 20, 2006

 

Moedas....

A bola da vez e preocupação deveria ser com fluxos de capitais, é o ovo que vem antes da galinha, e aí temos Pastore e outros que nos dão o toque e a dica...

Realmente a coisa se complica. São cerca de 160 países com 40 moedas transacionáveis, por assim dizer. E conceitos que não mencionamos fora a conta corrente, em microeconomia, e assim teríamos uma conta capital, que vem a ser diferente, e pode dar outras pistas de investimento soberano. Na verdade como o investimento direto e investimento de portfólio, confundido na aferição da Bovespa. E aí temos a Fiesp chiando, tudo bem, mas o impacto na cesta de moedas, em que o feraço é o Barry Einchengreen, que era de Berkley pelo menos, ainda tá lá, e vai ser Nobel um dia, é exatamente da pressão de fluxo de capitais via comércio e via investimento de mercado. E algumas estatísticas são insinuantes e reveladoras. Para o Canadá, o percentual com comércio é de quase 50%, país industrializado pracas, na Europa a figura cai pra uns trinta e tanto. No Japão e EUA fica entre 10% e 20%, isso apesar do volume de comércio deles. Taí Dr. Rubem Barbosa, grande expert de comércio, sem ironias, dessa o senhor não falou.

E daí temos o paradoxo da nacional-globalização na qual, eu diria, tentamos ser nacionalistas e apoiar nossos países e já não podemos mais, e dou exemplo:

Nos EUA, uma pessoa compra um Honda, se veste com roupas e calçados da Puma, usa um laptop IBM e celular Nokia... Bem teriam que atirar nesse gringo traidor safado... Mas o Honda é feito em Marion, Ohio, a Puma usa designers da moda de Nova York nessa linha "new fashion" e menos na pelada tabajara, a IBM tem laptops da Lenovo chinesa na qual tem participação acionária, ou seja ao comprar o bichano, volta remessa de lucros pra casa, e a Nokia finlandesa usa software e componentes gringos....

Por outro lado temos o "American" babaca típico. Compra carro Ford (México), celular Motorola (Ásia toda), computador HP-Compaq (China) e anda de Nike (Indonésia). Então compra uma bússola pra mim pois já não sei mais aonde estou e que bem posso fazer a quem....

Isso tudo pra pensar no que acontecerá com o Real.... Ou nos que querem enxergar o futuro do Real globalizado, fora as taxas de juros internas, e controle de fluxos de capital via comércio ou via investimento direto. Assim podemos olhar realmente lá adiante....

Tuesday, June 13, 2006

 

Shake, Shake, Shake....

So now I have confessed that he is thine,
And I my self am mortgaged to thy will,
Myself I'll forfeit, so that other mine
Thou wilt restore to be my comfort still:
But thou wilt not, nor he will not be free,
For thou art covetous, and he is kind;
He learned but surety-like to write for me,
Under that bond that him as fast doth bind.
The statute of thy beauty thou wilt take,
Thou usurer, that put'st forth all to use,
And sue a friend came debtor for my sake;
So him I lose through my unkind abuse.
Him have I lost; thou hast both him and me:
He pays the whole, and yet am I not free.

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