Monday, January 28, 2008

 

Ela disse....

“A fonte da síndrome do pânico é a sensação do abandono. Em algum momento da infância, a pessoa se sente abandonada e tem pânico por se sentir desprotegida.”

(Marília Pera)

 

COMO ERA BOM O MEU... CLÓVIS ROSSI

(Texto e Análise)

Desligar o piloto automático

DAVOS - Está chegando a hora em que o governo brasileiro será cobrado, pelo mundo rico, a desligar o piloto automático com que vem sendo conduzida a economia a rigor desde o segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso. Até agora, foi só apertar o botão "enter" e rodava o programa ortodoxo: superávit fiscal primário muito elevado; câmbio flutuante, mas que levou o real a flutuar sempre para cima; e política monetária apertada (juros altos). Bom, ontem, até o diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional, Dominique Strauss-Khan, cobrou mais gastos governamentais, nos países que têm margem de manobra, para içar o mundo da crise. O Brasil tem margem? Eu acho que sim, porque o governo arrecada mais do que gasta, se forem excluídos os juros.


(Comentário: isso é o motivo preciso pelo qual o Brasil não tem margem. O governo poderia arrecadar bem menos com uma reforma fiscal e tributária, e se o capital ficasse na mão da nação e não do Estado.)


Gastos com juros são entesourados, não voltam para o consumo. E estimular o consumo é outra recomendação consensual do mundo de Davos.


(Comentário: não, os gastos com juros não são entesourados. Eles vão para os agentes financeiros demonizados que promoveram a maior expansão de crédito na história do país, possibilitando que indivíduos e instituições sem capital se alavancassem mais, aumentando tanto a oferta com a demanda. Há um perigo inerente na falta de colaterização de ativos que só é dirimido com maior crescimento real sem bolha, onde a oferta e demanda devem caminhar lado a lado. Com os gastos excessivos do governo não resolvemos os gargalos estruturais que impedem o crescimento precisamente porque o capital é sugado pela máquina estatal. Ou seja, o juro apenas precifica esse custo pois o capital ainda é escasso internamente. Vide que a dívida externa não é mais problemática como a interna. Ou seja, ao contrário do que afirma o autor, em última análise, os gastos com juros voltam ao consumo, gostemos ou não.)


A pregação de Strauss-Khan certamente fortalecerá a mão daqueles que querem gastar mais no governo.


(Comentário: que horror, então.)


Dois: baixar os juros é o clássico remédio para desacelerações econômicas. O Banco Central aponta para o inverso. Qual será a pressão externa para que o Brasil gaste mais e ajude os ricos?


(Comentário: istoé um típico non-sequitur. Ou seja o Banco Central está impossibilitado de baixar os juros dado o quadro de incerteza externa e aquecida demanda interna, sem a contrapartida de capital barato para alavancar a oferta porque o próprio governo glutão aumenta gastos sem critério, muito pouco sobrando para o setor produtivo; vide discussões sobre DRU e o que sobra de caixa desvinculado, todo utilizado para assistencialismo de "aparat-chiques" feudais, como no caso da energia...)


Três: câmbio. A pressão está claramente centrada na China, cuja moeda é muito desvalorizada, mas há um certo clamor por um ajuste cambial global que elimine ou reduza os evidentes desalinhamentos. Se e quando houver essa mexida geral, o real sofrerá conseqüências que ainda não estão à vista.


(Comentário: o Real, tais como moedas que são transacionadas e auferem valor a ativos, sempre será visto também pelas lentes da expectativa. Sendo o baluarte e fator de medida da economia nacional, ele tende a acompanhar a percepção que têm do país e acompanha os movimentos de geração de renda via exportações e via investimento direto ou indireto; ou seja, ele também é precificado. Assim como o beijo na boca, até o Real tem seu preço.)


Vale (inclusive para o Brasil, pouco falado em Davos) o resumo do debate de ontem sobre o panorama econômico mundial, feito por Martin Wolf ("Financial Times"): "O tamanho da crise vai depender das ações que forem adotadas". Ação é o inverso exato de piloto automático.


(Comentário: depende da ação. Se for uma desastrada, melhor confiar no piloto automático. Como na aviação, a maioria esmagadora de desastres ocorre devido a erros humanos e não ao piloto automático, embuchado de dados que permitem que a máquina corrija a trajetória, velocidade e rumo sem intervenção humana. Ou com o mínimo dela possível. O homem sempre cria o problema, nunca o deus ex-machina...)

Thursday, January 24, 2008

 

Esse tal de....

Por uma compreensão mais completa....

Muito me abala ler em todos os lugares, ouvir em conversas, pelas ondas dos rádios, ver na TV, observar - sendo insinuado em filmes ou no teatro, sobre essa suposta visão generalizada ou que as mulheres têm dos homens,ou vice-versa. Principalmente na parte afetiva. Abusam de estereótipos e epítetos, não vendo que em todos nós, homens e mulheres há uma dualidade absoluta, até na parte hormonal. Somos todos muito fortes, se observarmos várias coisas que conseguimos na vida. Somos também frouxos várias vezes. Todos. Inclusive os que vociferam vitupérios e caem na zombaria. Não compreender a dinâmica dos dilemas, tanto por parte de homens e mulheres, não cabe numa análise. Homem é bobo, gosta de futebol, é acomodado, não é reflexivo, não é complexo, não pensa, pisoteia nos outros - com ou sem remorso. E quando têm remorso ou algum sentimento, são os da pior espécie, pois são emotivos e chorões. Mulher é tudo igual, pressiona, quer o que quer e quando não conseguem, utilizam-se de armas desesperadas.... São visões muito rasteiras. Mesmo no desespero ou na bobagem, devemos sempre compreender a dimensão de humanidade e do que é incompleto em todos nós. Almejamos não o que é melhor e sim o que é suportável. Muitos nos decepcionam. Homens e mulheres. Muitas vezes a indiferença machuca, o silêncio atordoa mais que gritos, o cafuné dói muito mais que a porrada, o soco no focinho... O que um quer receber num momento não é o que o outro pode dar, e por aí vai. Mas quando uma situação é observada descontextualizada, ela perde todo o seu valor. Disse o analista, não eu, que a afirmação surrada das mulheres de que "os homens não prestam", conclui ele, "só serve para [a mulher] se acomodar na situação e justificar seu fracasso consigo mesma...." Todos sofreram ou sofrem por motivos afetivos, e às vezes ocorre até homicídio doloso, erram e fazem coisas impensadas. E aí acreditam no sentimento e marcham adiante como generais numa batalha estratégica tentando alcançar o objetivo usando as armas e táticas à mão. Há pessoas que conheço, de ambos os sexos, de caráter absolutamente idôneo, sem distúrbios de caráter nervoso ou mental algum, que já fizeram o que - algumas outras pessoas - poderiam considerar uma total barbaridade. Há outros que pecam apenas pela indecisão, por estarem divididos ou por pesarem prós e contras na balança da vida. Nada disso é justificativa, concordaria com o contra-argumento. Tampouco seria justificativa dizer que são todos uns escrotos e trastes (mais uma vez isso valendo para um homem observando uma mulher e vice-versa), sem a menor sutileza e com pitadas de absolutismo de dar inveja a Pol Pot. Muitas vezes se confundem algozes com acólitos, mas ouso acreditar que não há comodidade nem no se acomodar. Todos os seres ao redor nos decepcionam pelo menos uma vez na vida, ou várias. E tampouco estamos imunes a decepcionar todos eles uma vez ou outra. Isso leva um grande amigo meu a não ter a menor fé na humanidade. Eu falo com humildade pois, como todos os seres humanos, tem hora que fico frustrado com certas situações. A ponto de me fazer males horríveis com esses mesmos pensamentos que condeno. Mas não os externo pois não acho que seja uma apreciação correta - isenta de questionamentos - de certas situações. Isso tampouco quer dizer que se deva aceitar relações abusivas com torturas físicas ou emocionais. Os que as suportam merecem consideração, carinho e compreensão, não reprimenda. Com o coração fechado fica difícil sair das trevas para tentar ser por um segundo mais feliz. Assim como o analista, também repreenderia os homens que dizem que "toda a mulher é (aqui cada um completa o que achar, chata, carente, infantil - digo isso sem revelar pré-julgamentos pessoais - etc.. etc...)" A complexidade feminina é o que há de mais belo; o choro, a lágrima. É mais bela e complexa, o sentimento mais aguçado, a percepção, o amparo e carinho mais forte. A dor é expressa com fúrias shakespereanas, assim como o amor. Mas a ternura e entrega do homem apaixonado também é sincera, posto que rezam todas as lendas rasteiras que homem é forte, não chora, não ama, não sente. O homem agoniza e é racional. Um constante embate. E... a mulher também.... De minhas experiências, já vi muita coisa; a carência leva homens e mulheres a atitudes às vezes impensadas e a atitudes muito bem pensadas. Tem gente que chora de barriga cheia pois o coração está vazio e vice-versa. Nenhuma verdade é absoluta e universal. Seria uma impossibilidade filosófica. Quem quer viver no mundo da verdade verdadeira mesmo (este nosso em queTODOS omitimos fatos, exageramos, minimizamos, amamos, trocamos insultos, desprezos e atenções por vezes desnecessárias) utiliza-se da auto-ilusão apenas para poder sobreviver como artifício. Puro Wittgenstein. Essa verdade é um fato, uma versão, então ela comporta em si o que outra pessoa pode achar como um fato diferente e caímos na esparrela da verdade versus a mentira, palavras que deviam ser abolidas do léxico humano. Trocaria verdade e mentira, conceitos infanto-juvenis, por realidade e irrealidade. Ou seja todos vivemos na verdade. A nossa realidade é a nossa verdade. Paramos de enganar os outros para nos enganar. A auto-ilusão (vide Giannetti) é o maior artifício usado por todas as espécies para sobreviver, inclusive no que concerne escolhas morais. Não se discute sentimento, ele existe e podemos bancá-lo ou a realidade nos desbanca e nos põe de quatro - latu sensu. Eis a tensão entre o platônico e o atônito... Aí as pessoas se exaurem até fisicamente. Mas não quer dizer que sentimentos morram; pelo contrário, na reflexão eivada de cuidado, ao observarmos um ser que amamos, os sentimentos, sem que seja dito, podem estar até aumentando diariamente, nos sufocando e podemos estar desejando o de melhor à nossa revelia. Isso seria uma entrega, o que chamam de amor verdadeiro, pois é sair da frente pois o outro quer passar... Falando o fino da bossa sobre tal pessoa e coisa e tal para todos. Esse é o caminho da elegância que tanto se espera, que é tão preconizada como algo que deveria passar do plano ideal para o plano real. Esperamos sempre pelo final feliz e, quando antevemos esse final feliz, ele sempre é projetado com os dados(sujeito e objeto) que temos em mãos, com os sentimentos que sentimos no aqui e no agora, não num plano idealizado onde nem sabemos como é o rosto da pessoa que poderá aparecer no nosso caminho.

OUTRA COISA

Está aventado em blogs de domínio público sobre o caso de homens ou rapazes que se interessaram por outra pessoa (moça ou mulher no caso), talvez apenas no plano físico, não levando em consideração que a outra pessoa pode ter sentimentos um pouco além destes. Casos de egoísmo emocional, assim chamado. Realmente é uma situação muito delicada onde deve-se no caso respeitar, através do diálogo e abertura as expectativas e o que se deseja do relacionamento. A moça, ou mulher, ou homem, digo eu, sentir-se-ia como um objeto e não sujeito, sendo utilizada(o) apenas como um receptáculo/marionete, ou algo tão vil e baixo que o valha. Realmente uma torpeza, caso o homem/mulher dissesse isso de cara. O que, para qualquer pessoa com mínimo de amor próprio e orgulho, já seria um corta onda gigantesco. E fica a pergunta para os mal-intencionados; se fosse a mãe, filha ou qualquer pessoa do sexo feminino que signifique algo de muito importante na vida do rapaz? Acho que as ponderações são válidas e devem ser feitas. Mas acho também que, apenas para complementar a tese levantada, ela se aplica a ambos os lados.... Há mulheres que talvez na noite de embriaguez desejem apenas isso. Ou não. Ou mesmo nos dias de lucidez, algo leve, prazeroso, descompromissado. No qual a pessoa do sexo masculino possa criar uma expectativa em sua cabeça que não seja correspondida. Uma situação em que a própria mulher, não importando atributos físicos, morais, espirituais ou intelectuais, não queira uma maior aproximação com o homem. Isso se aplica, no mundo real, a homens e mulheres... A pergunta levantada, e se fosse filha ou mãe, fica capenga no contexto da sociedade ocidental, onde muitos, nem todos obviamente, se orgulham do filho gorgota. Tenho ciência de pessoas já curradas; então o tópico que gira em torno do respeito que devemos ter com a pessoa do outro sexo é algo que nos toca muito fundo. Falo abertamente de coisas que podem ter sido tabu há antanhos, como pessoas se revelarem soropositivo ou o que valha, onde se escondia em quarentena a própria questão debatida. No fundo os relacionamentos vão se transformando; o que começou com atração física pode descambar para uma expectativa metafísica maior. Há casos em que as palavras e atração platônica e metafísica levam a uma grata surpresa de comunicação carnal que as vezes não se esperava - e de vários outros complementos não verbais, simplesmente de passar tempo junto e realizar atividades que muito somam a um amor profundo. Ou a uma paixão e amor avassaladores. Mas esbarra-se em várias impossibilidades de cunho pessoal, no que está dentro de um ou de outro, homem e mulher, limitações emocionais etc... No caso feminino, muitas vezes, é até doloroso, pois a pergunta e se fosse seu pai, poderia suscitar questões até de abuso sexual... Portanto o tema é complexo, mas também de simples diagnóstico: ou seja, de expectativas diferenciadas, que não são de domínio exclusivo de um sexo ou do outro. E no caso a questão de despreparo, seja emocional, de sensibilidade ou intelectual para racionalizar certas situações, não são coisas exclusivas da idade de cada um etc.... Aplica-se a jovens não calejados e aos de meia-idade talvez cansados de tanta montanha russa emocional. E, repito: a homens e mulheres. Cita-se em amor, Shakespeare, Camões e outros notáveis. Prefiro ficar com a síntese machadiana que “amar é ser do céu”, ou seja, algo mais sucinto e profundo que o palavreado todo, sujeito a trovoadas e a uma clareza sem par, não captura.

Friday, January 18, 2008

 

Miranda Rights....

“You have the right to remain silent. Anything you say can and will be used against you in a court of law. You have the right to have an attorney present during questioning. If you cannot afford an attorney, one will be appointed for you."

In 1963, Ernesto Miranda was arrested for kidnapping and rape of a Jane Doe at a bus stop. He made a confession without having been told of his constitutional right to remain silent, and his right to have an attorney present during police questioning. At trial, prosecutors offered only his confession as evidence and he was convicted. The Supreme Court ruled (Miranda v. Arizona, 384 U.S. 436 (1966)) that Miranda was intimidated by the interrogation and that he did not understand his right not to incriminate himself or his right to counsel. On this basis, they overturned his conviction. Miranda was later convicted in a new trial, with witnesses testifying against him and other evidence presented. He was then sentenced to eleven years. He served one-third of his sentence and was turned down for parole four times before being paroled in December 1972. When Miranda was later killed in a knife fight, his killer received the Miranda warnings; he invoked his rights and declined to give a statement. In 2000, the Supreme Court confronted the issue of whether Miranda had been superseded by the enactment of the Crime Control and Safe Streets Act of 1968. A 5-4 majority ruled that the answer was no, because Miranda had articulated a constitutional rule which only the Court itself (or a constitutional amendment) could reverse. Dickerson v. United States, 530 U.S. 428 (2000).

Monday, January 14, 2008

 

Eduardo Uchôa

Temos dificuldades de falar sobre coisas que a sociedade julga diferente, como pedra no sapato. Como fazer cara de paisagem. Eduardo é a segunda encarnação do Barão de Mauá. O verbo está e permanecerá no presente. Eu não o via há muito tempo. Ele conseguiu uma Kombi de adolescente. De repente tinha uma Transtudo, nome dado por seu irmão. Infelizmente Eduardo adoeceu. Adoecendo não se comunica e não se move como uma grande maioria de nós. Mas vive, e muito. Eu estive com ele. E fiquei emocionado com um sorriso mais limpo, puro e sincero que já vi em muitos anos. Que ninguém seja cientista ou neurólogo de araque pra saber o que se passa na cabeça de qualquer pessoa. Com feeling mediúnico, digo que a dele está a mil. Mormente isso vale para uma pessoa que não verbaliza, mas se comunica, ou se comunica com dificuldades. A distinção aqui é chave. Mas o seu sorriso e sua mão calorosa foram muito mais importantes que muitos gestos de amor que tive há muito tempo. Depois disso, mochilas, empreendedor, era o cara que podia pagar a Sangria de todos. Um esculacho capitalista na terra de nhô-nhô. Todos pensando de forma gauche e ele simplesmente fazendo e criando, gerando riqueza. Inacreditável nesses tenros anos, nossa falta de capacidade de reflexão, logo quando gastávamos o tempo, pretensamente refletindo marximilianamente. Que babacas que éramos. Ele mora em Ipanema, e é privilegiado, feliz, por vezes não, passeia numa vista deslumbrante. Tem uma família onde o amor é a tônica sem gin, por vezes com. E faz diferença e não falta. O seu sorriso desajeitado, emoldurado pelas madeixas pontualmente castanhas e sem máculas, tocaram pelo menos um ser humano. Como não sou testemunha ocular de seu dia a dia, diria que é como todos nós. Apenas mudou de ocupação e traz alegria, muita alegria, muita reflexão para quem dela precisa. Ele o maior comilão dos churrascos da Tia Olga em Teresópolis com Maguilas e todos. Somente um breviário leve para saudar uma alma e tanto, uma vida e tanto. Um sorriso e um aperto de mão enorme, logo eu escandinavo fujão de afagos, talvez fruto da desconfiança e exílio interno e externo. Fica meu beijo e amor.... Ali na hora eu sabia e o mais importante, ele sabia muito mais que eu. O ouvido está sem cera, ele escuta... Ele vive....

Thursday, January 10, 2008

 

Blake

Broken Love

My Spectre around me night and day
Like a wild beast guards my way;
My Emanation far within
Weeps incessantly for my sin.

‘A fathomless and boundless deep,
There we wander, there we weep;
On the hungry craving wind
My Spectre follows thee behind.

‘He scents thy footsteps in the snow
Wheresoever thou dost go,
Thro’ the wintry hail and rain.
When wilt thou return again?

’Dost thou not in pride and scorn
Fill with tempests all my morn,
And with jealousies and fears
Fill my pleasant nights with tears?

‘Seven of my sweet loves thy knife
Has bereavèd of their life.
Their marble tombs I built with tears,
And with cold and shuddering fears.

‘Seven more loves weep night and day
Round the tombs where my loves lay,
And seven more loves attend each night
Around my couch with torches bright.

‘And seven more loves in my bed
Crown with wine my mournful head,
Pitying and forgiving all
Thy transgressions great and small.

‘When wilt thou return and view
My loves, and them to life renew?
When wilt thou return and live?
When wilt thou pity as I forgive?’

‘O’er my sins thou sit and moan:
Hast thou no sins of thy own?
O’er my sins thou sit and weep,
And lull thy own sins fast asleep.

‘What transgressions I commit
Are for thy transgressions fit.
They thy harlots, thou their slave;
And my bed becomes their grave.

‘Never, never, I return:
Still for victory I burn.
Living, thee alone I’ll have;
And when dead I’ll be thy grave.

‘Thro’ the Heaven and Earth and Hell
Thou shalt never, quell:
I will fly and thou pursue:
Night and morn the flight renew.’

‘Poor, pale, pitiable form
That I follow in a storm;
Iron tears and groans of lead
Bind around my aching head.

‘Till I turn from Female love
And root up the Infernal Grove,
I shall never worthy be
To step into Eternity.

‘And, to end thy cruel mocks,
Annihilate thee on the rocks,
And another form create
To be subservient to my fate.

‘Let us agree to give up love,
And root up the Infernal Grove;
Then shall we return and see
The worlds of happy Eternity.

‘And throughout all Eternity
I forgive you, you forgive me.
As our dear Redeemer said:
“This the Wine, and this the Bread.”’

Sunday, January 06, 2008

 

Pernambuco na Imensidão....

POEMAS SELECIONADOS DE CARLOS PENA FILHO

A Solidão e sua Porta

Quando mais nada resistir que valha
a pena de viver e a dor de amar
e quando nada mais interessar
(nem o torpor que se espalha),


quando pelo desuso da navalha
a barba livremente caminhar
e até Deus em silêncio se afastar
deixando-te sozinho na batalha


a arquitetar na sombra a despedida
do mundo que te foi contraditório
lembra-te que afinal te resta a vida


com tudo que é insolvente e provisório
e de que ainda tens uma saída :
entrar no acaso e amar o transitório.


SONETO

O quanto perco em luz conquisto em sombra.
E é de recusa ao sol que me sustento.
Às estrelas, prefiro o que se esconde
nos crepúsculos graves dos conventos.

Humildemente envolvo-me na sombra
que veste, à noite, os cegos monumentos
isolados nas praças esquecidas
e vazios de luz e movimento.

Não sei se entendes: em teus olhos nasce
a noite côncava e profunda,
enquanto clara manhã revive em tua face.

Daí amar teus olhos mais que o corpo
com esse escuro e amargo desespero
com que haverei de amar depois de morto.

Thursday, January 03, 2008

 

Da Man

Ben Ratliff's The Story of a Sound


From Ratliff's introduction to his book:


From the outside, one keeps wondering which musician will take the next decisively evolutionary step, as all those who seem to be candidates repeat themselves, become hermetic or obvious, fail to write compelling original material, sell out in some form, or begin to bore their audiences. And then one wonders whether evolutionary models should be applied to jazz at all. It seems to be the case that jazz loops around, retrenches, makes tiny adjustments that don't alter the basic language. The problem, though, is that Coltrane certainly made it seem as if jazz were evolving. He barreled ahead, and others followed. Some are still following.
His career, especially the last ten years of it, was so unreasonably exceptional that when he became seen as the representative jazz musician, the general comprehension of how and why jazz works became changed; it also became jagged and dangerous with half-truths. Every half-truth needs a full explanation.
This is not a book about Coltrane's life, but the story of his work. The first part tells the story of his music as it was made, from his first recordings as a no-name navy bandsman in 1946 until his death as a near-saint of jazz in 1967. The second part tells the story of his influence, starting in his lifetime and continuing until today. The reason that the two stories are separated — even though one will cross over into the other's territory now and then — is because the work and its reception have had distinct, different, and individually logical lives.
This is a book about jazz as sound. I mean "sound" as it has long functioned among jazz players, as a mystical term of art: as in, every musician finally needs a sound, a full and sensible embodiment of his artistic personality, such that it can be heard, at best, in a single note. Miles Davis's was fragile and pointed. Coleman Hawkins's was ripe and mellow and generous. John Coltrane's was large and dry, slightly undercooked, and urgent.

 

Older

"To Be Forgiven"

I'm going down
Won't you help me
Save me from myself
I hear the sound of a memory
Maybe time will tell

Suddenly my life is like a river
Taking me places I don't want to go
But like all good men who swim too well
It takes all that I have just to cry for help
Then that voice in my head
Tells me no

I'm going down
Won't you help me
Save me from myself
I look around for a fantasy
Maybe
Who can tell?
Let me live my life beside the river
Take me to places where a child can grow

And then
Maybe the boy inside will forsake me
Maybe
The child in me
Will just let me go
I'm going down

The cold, cold water is rushing in
I'm going down
And I would beg to be forgiven
If I knew my sin....

Wednesday, January 02, 2008

 

POR QUÊ?

O amor que sinto é o maior de todos….
Me disseram que queriam me amar...
Aindassim eu não amei....
Eu amo o que amo ainda
Que não deixarei de amar...

O que é forte nunca houve,
Nunca haverá, pois agora não há...
O que amo não tenho, o que sei, não serei....
E de nunca ter, não sei se será.....

Mespera um momento, já volto já,
Mas nesse contexto, volteio acolá....
Nada sarado, tudo sanado...

Não sei o que queres, tenho medo de amar....
A carne está limpa, nada ocorreu...
Se é pra pensar, que o amor já morreu...

Não de nada, não há face sangrando.
Nem meu navio por outros mares singrando...
Só eu aqui quieto e intranqüilo,
Morrendo de medo, morrendo ao senti-lo.....

This page is powered by Blogger. Isn't yours?

Free Web Site Counter
Free Counter