Friday, September 01, 2006

 

Viva a Informalidade!

A vitória da informalidade é a única solução do país. O ApeTeuta disse em um de seus raros proncunciamentos que “não me venham com a lenga-lenga da questão tributária” ou algo parecido. O curioso é que ele não tinha tomado seu Old Eight quando falou isso senão o recheio seria adjetivado com belas palavras de baixo calão.

Mas quando se vai ao Sendas e um mel no potinho micro custa dez reau, uma garrafa do mesmo na rua custa os mesmos dez reau e de um mel de melhor qualidade. Tudo está de cabeça para baixo. Ou seja, não temos que jogar os informais na formalidade. Temos que diminuir todos os custos, com reforma tributária completa, para que os “formais” se aproximem da realidade de uma economia menos custosa, praticada pelos informais. Não preconizo obviamente a sonegação. Mas critérios tributários mais sensatos, informalizando o setor formal.

Não vejo nenhum economista falando nisso. E sim vejo uma tentativa não criativa de trocar um problema econômico por uma questão de heráldica, ao de se tentar auferir brasões aos não-barões mas com armas já assinaladas e apontadas para a nossa cabeça. Tanto o governo, escorchando o micro-empresário, como o bandido na indústria do furto, que é arriscada mas que gera uma receita tampouco declarada como o Caixa 2 dos “federais”.

O sistema está caduco, viciado e moribundo. O brasileiro é informal por natureza. Bastam apenas uns dois ou três micro-tributos que a base de arrecadação se ampliará compensando perfeitamente a desigualdade momentânea na arrecadação. Tem que mexer nesse vespeiro com roupa de apicultor ou não.

Comments:
Lembra-te, ó Homem, de que, para ser feliz, é preciso saber perder... sem se perder. Esta não é apenas uma frase de efeito, mas um princípio de sabedoria dos Mestres da Espiritualidade. Todos eles, uns mais, outros menos, falam sobre a renúncia como elemento imprescindível para a felicidade humana, recomendam-na vivamente, afirmando ser ela é conditio sine qua non, ou seja, caminho obrigatório e inevitável para a verdadeira ascensão espiritual. E estabelecem o princípio: Quem não se nega a si mesmo não chega à espiritualização e plenitude de seu eu.
Atenta para a ponderação do mestre espiritual muçulmano, Yunaid: "Enquanto te preocupares contigo mesmo, estás longe de Deus. O caminho que leva a Ele exige um só passo: sair de si mesmo. Para renunciares a ti, deves ter as mãos vazias de riquezas e o coração vazio de todo apego".
A mesma verdade, mas de forma mais chocante, é proposta pelo místico cristão Angelus Silesius (1624-1677), autor de O Peregrino Querubínico (Cherubinischer Wandersmann): "És tua própria babel. Não saindo de ti mesmo, permanecerás para sempre a taverna de satanás (I,226)". Em formulação positiva, garante: "Se por dentro, ó homem, és livre e vazio, de ti jorrará a água como de sua fonte, a eternidade" (I,159). O mesmo pensamento, em outra formulação surpreendente: "Se o demônio pudesse se desligar dos laços de seu eu, imediatamente o verias sentado no trono de Deus" (I,143). E, por último: "Quanto mais sais de ti e te esvazias, tanto mais Deus fluirá em ti com sua divindade" (I,138).
Espiritualidades de todos os tempos e procedências sempre encareceram a importância da renúncia ao próprio eu, a necessidade de viver para fora. Lembra-te da recomendação de Jesus: "Aquele que pretende salvar a sua vida, há de perdê-la; e quem perder a sua vida, por amor de mim e do Evangelho, há de salvá-la" (Mt 16,25; Lc 9,24). "Se alguém me quiser seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz e me siga" (Mc 8,34).
A utopia de Pentecostes: O acontecimento de Pentecostes possibilita muitas abordagens e sinaliza várias utopias. Permite-me focalizar apenas uma: a utopia da coragem que comporta os riscos da fé e os imperativos da renúncia. Mas que desabrocha, finalmente, como alegria.
Na Espiritualidade, fala-se muito em parresia, termo grego que é sinônimo de coragem. Fala-se também em fortaleza, que é um dos dons do Espírito Santo. Por este dom, a pessoa enfrenta as dificuldades que nascem da fé e da vida, vence medos e tentações, aceita perder sem perder as definições de suas fidelidades naturais e sobrenaturais. Para ser plenamente homem é preciso ter parresia. Para ser fiel a Deus é preciso ser forte. A fé, num e noutro caso, dói, pode doer muito.
 
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