Friday, December 01, 2006

 

Entrevista Exclusiva Alexei Bueno


Alexei Bueno é considerado um dos maiores poetas vivos do Brasil na atualidade. Considerado por esse blogue. Um dos maiores poetas de nossa língua; pois isso de “poeta de geração” é de doer... E isso de um dos maiores também... Mas esse blogue aposta nele e em Rita Moutinho, autores de poemas bem construídos, com uma musicalidade opulenta, quase simbolistas.... Enfim, ou a obra perdura ou não. E falando de Alexei, trata-se de um patrício nada maurício, de uma pessoa que tentam definir mas não dá. Falta sempre um botão na sua casaca Armani. Gosta de pintar de azul a crina dos paulistas e lanha o lombo de quem passar na frente, amplo sentido. Aí uma entrevista tipo conversa jogada fora, retrato 3X4, remando numa balsa Guandu abaixo... Confessou não entender bem uma pergunta, o que já demonstra que a série de despretensiosas nano-entrevistas do Blogue-Blague já entrou em campo com o pé direito...

1 - Como você viu o ano de 2006 em termos de produção poética no Brasil em particular? Alguém novo te chamou a atenção?

Houve um livro de estréia muito interessante aqui no Rio, do Marcelo Sorrentino, um poeta muito próximo do estilo do meu amigo Herberto Hélder, portanto muito diferente de quase tudo que se faz no Brasil. No Nordeste, como sempre, muita gente interessante, e uma nova revista, de Pernambuco, intitulada "Crispim", da maior qualidade.

2 - E em relação a política cultural do atual governo, programas de leitura e editoriais da Biblioteca Nacional? Alguma sugestão, ou algo que poderia ser aperfeiçoado?

Francamente, não estou informado suficientemente das atividades nessa área, onde houve ações bastante importantes durante os governos FHC, figura sobre a qual sou insuspeito para fazer qualquer elogio, o mesmo aliás com o atual Mandatário Supremo da Nação. O orçamento do MINC é uma piada, e a questão do patrimônio histórico, para mim a eterna prioridade, pois é irrecuperável, está uma tragédia.

3 - O quadro geral de aproximação dos países lusófonos, através de tentativas como a da nova editora do Agualusa parece ter ganho um certo espaço na mídia; você é cético em relação a esse aprofundamento, ou crê que há algo promissor em termos de um maior conhecimento mútuo entre leitores d'além mar e os daqui?

Até meados do século XX a ligação literária entre Brasil e Portugal andou muito bem, e nas então colônias a influência da nossa literatura era avassaladora. Parece-me que a coisa está melhorando de fato, com maior visibilidade dos africanos e o retorno de autores portugueses à primeira linha da ficção lida por aqui. Em poesia, como sempre, tudo é sempre muito mais lento.

4 - Se você fosse para uma metrópole povoada quem você levaria e deixaria por lá para sempre?

Não entendi bem o sentido da pergunta, mas se eu pudesse levar alguém para qualquer lugar, metrópole ou não, eu levaria a Isabelle Adjani, a Laetitia Casta, a Monica Bellucci, a Carmen Electra, umas poucas mais dessa qualidade, e não deixaria ninguém por lá...

5 - Se tivesse que levar alguém pro Santo Sepulcro? Quem seria o convidado?

Levaria minha mãe, muito boa católica, como eu.

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