Monday, July 30, 2007

 

Hiroshima Mon Amour....

O impacto da Bomba Atômica



(Curiosamente do Alan Resnais também, com o magnífico “Coeurs” agora – Medos Privados em Lugares Públicos – tantas coincidências; essa tradução de título parece piada pessoal perversa... Mas não fica nenhum nenhum rancor, absolutamente nada, Deus perdoa a todos, eu também, se outros me perdoam é com eles, eu só observo os efeitos... Não vejo defeito em ninguém... Só formosura.... Boa sorte a todos...)



Foi assim que, supõe-se, muitos habitantes interpretaram, nos segundos que antecederam as suas mortes, aquele clarão imenso, cegante, que se expandiu frente a seus olhos. Para eles, o Sol revoltara-se contra o Japão! Outros, mais à distância do hipocentro da explosão, que se deu a 580 metros acima da Ponte Aioi, ainda puderam ver como os ferros se retorciam, como as paredes se esfarelavam, e como o chão embaixo deles ardia.



Os físicos calcularam depois que, nas proximidades da explosão primeira Bomba Atômica, a temperatura oscilou entre 3 a 4 mil graus, o suficiente para fundir o ferro por duas ou três vezes. Pelas ruas daquela cidade, que, em 1945, abrigava não mais de 350 mil habitantes, cavalos e bois enlouquecidos pelas queimaduras disparavam em todas as direções.



Os humanos viam desprender-se a pele, o descarnar-se das suas mãos, enquanto seus cabelos pulverizavam-se em milésimos de segundo. De outros, os olhos simplesmente saltavam das órbitas. A nuvem que os cobriu em 30 apenas segundos avançou por 11 quilômetros, devorando, insaciável, tudo que encontrou pelo caminho, fosse humano ou material. Incinerou tudo a sua passagem. Quando finalmente fez-se silêncio, 140 mil pessoas tinham perecido pelas mais terríveis e diversas formas que se possa imaginar.

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