Monday, September 03, 2007

 

Deriva

Eu diria que a humanidade está à deriva. O curioso é que se olharmos os governos recentes de vários países, é inacreditável como há uma certa igualdade em termos de gerenciamento das nações. De cara, olhando Lula e Bush, observamos que as instituições, o cotidiano, o que já ficou imbuido no cerne dos dois países é maior que ambos líderes, ou o que eles desejam. Antes sonhávamos que um dia todo os países seriam como a Suíça; ou seja, lá não se sabe o nome do governante-chefe do cantonato coletivo. Nunca se soube, é irrelevante, pois, assim como a maquinária dos relógios que tornou o país famoso, assim é a estrutura política helvética. Assim, teríamos um estado de direito consensual onde o timoneiro fica com a mão no leme apenas para manter a tradição.

Mas temos dado grandes passos, no âmbito mundial, para tornar os líderes irrelevantes, mas volta e meia sempre desponta um ou outro com um viés um pouco mais autoritário. Líder que é líder, como se sabe, tem que ter martelo grande. A palavra de ordem sempre é “mudar o que está aí” mas hoje em dia algumas cabeças mais serenas falam também em “preservar” o que estaria em tese dando certo. Mas e o caminho para saber se o certo está errado ou vice-versa? O que temos que mudar e o que temos que preservar? As eleições sempre indicam o humor do povo. A via plebiscitária é muito complicada do ponto de vista da participação política.

Mas sem querer voltar a figura sebastiana de um salvador, não seria tão estapafúrdio constatar que estamos soltos, meio que ao “deusdará”, órfãos, sem ter a quem recorrer, pois se paga um preço sempre caro se vamos recorrer aos bancos, FMI, ou simplesmente à ajuda não material de outros países na formação de quadros, mutirões educacionais ou de saúde etc..... No plano pessoal é a mesma coisa, um micro-cosmo da situação do planeta. Muitas vezes é época de eleição interna, onde debatemos o que temos que mudar e o que temos que preservar. E aí quem sabe alguns podem pensar que há certas máximas universais: temos que preservar nosso meio-ambiente que é o corpo e a mente (infelizmente esta em vários casos já vem com defeito de fabricação, mas têm um papel importante a cumprir no equilíbrio da “máquina” como ambientes não tão nobres, belos e exuberantes, mas naturais como os pantanais e deltas enlameados...A cabeça oca é um deserto, que também tem suas peculiaridades e importância no equilíbrio total). Temos que aprender a levar bordunada e não culpar a mídia ou teorias conspiratórias. Assumindo a responsabilidade. Mas devemos interagir assim mesmo, liderando nossas ações mas sendo participantes e participatórios em nossos “reinados”.

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