Friday, September 17, 2010

 

Terta, Entortam o Debate... Te(rr)ologia Errada...

http://torahweb.forumbrasil.net/lei-de-moises-f1/septuaginta-x-tanach-t571.htm

Os Cristãos Católicos nos acusam de retirar livros da bíblia. Nos, Cristãos Judeus (aaannnh????), não concordamos. Quais são os livros que pertencem ao Cânon do "Velho Testamento"? Por que só os 39? A Igreja Católica Romana, desde o Concílio de Trento, (1546), tem recebido outros livros como canônicos. Estes são 14 apócrifos, que vem do adjetivo grego "apokriphos" (ocultos). Estes livros são: 1° e 2° Esdras, Tobias, Judite, Adições a Ester, Oração de Manassés, Epístola de Jeremias, Livro de Baruque, Eclesiástico, Sabedoria de Salomão, 1° e 2° Macabeus, Adições a Daniel, que inclui a Oração de Azarias, o Cântico dos Três Hebreus e Bel e o Dragão. Vamos examinar o conteúdo e origem destes livros duma maneira bem resumida, depois verificar porque não foram aceitos pela Igreja Evangélica.Os Apócrifos, originaram-se do terceiro ao primeiro século AC. a maioria dos quais de autor incerto, e foram adicionados a Septuaginta, tradução grega do "Velho Testamento", feita naquele período. Não foram escritos no hebraico da Tanach (Tanach ("Velho Testamento")). Foram produzidos depois de haver cessado as profecias, oráculos e a revelação direta do Tanach ("Velho Testamento") e Flavio Josefo rejeitou-os totalmente. Nunca foram reconhecidos pelos judeus como parte das Escrituras hebraicas. Nunca foram citadas por Yeshua , nem por ninguém mais na Brit Hadasha ("Novo Testamento"). Não foram reconhecidos pela Igreja Primitiva como de autoridade canônica, nem de inspiração divina. Quando se traduziu a Bíblia para o latim, no segundo século A.D. sua Tanach foi traduzida, não a Tanach hebraica, mas da versão grega da Septuaginta da Tanach. Da Septuaginta esses livros apócrifos foram levados para a tradução latina; e daí para a Vulgata, que veio a ser a versão comumente usada na Europa Ocidental até o tempo da Reforma. Os Evangélicos baseando seu movimento na autoridade divina da Palavra de YHWH, rejeitaram logo esses livros apócrifos como não fazendo parte dessa Palavra, assim como a Igreja Primitiva e os hebreus antigos fizeram. A Igreja romana, entretanto, no Concílio de Trento em 1546 A.D. realizado para deter o movimento protestante, declarou canônicos tais livros, que ainda figuram na versão de Matos Soares, etc... (Bíblia Católica Romana). Não podemos dizer que esses livros não tem nenhum valor, pois isso não seria verdade. Tem valor, mas não como as Escrituras. São livros de grande antigüidade e valor real. Em parte, preenchem a lacuna histórica entre Malaquias e Mateus, e ilustram a situação religiosa do povo de YHWH naquela época.PORQUE NÃO FORAM ACEITOS NO CÂNON DA TANACH ("Velho Testamento")?1) - Nenhum dos livros foi encontrado dentro do cânon hebraico. Um estudo da história do Cânon dos judeus da Palestina, revela uma ausência completa de referências aos livros apócrifos. Josefo, diz que os profetas escreveram desde os dias de Moisés até Artaxerxes, também diz, e verdade que a nossa história tem sido escrita desde Artaxerxes, não foi tão estimada como autoritativa como a anterior dos nossos pais, porque não houve uma sucessão de profetas desde aquela época. O Talmude, fala assim: "Depois dos últimos profetas, Ageu, Zacarias e Malaquias, o Espírito Santo deixou Israel". Não constam no texto dos massoretas (copistas judeus da maior fidelidade) entregar tudo o que consideravam canônico nas Escrituras da Tanach. Nem tão pouco parece ter havido "Targuns" (paráfrases ou comentários judaicos da antigüidade) ligado a eles. Para os judeus, os livros considerados "inspirados" são os 39 que hoje conhecemos como a Tanach (Velho Testamento). Eles os possuem numa ordem diferente da nossa por causa da forma pela qual dividem os livros. 2) - Todos estes livros foram escritos depois da época quando a profecia cessou em Israel, e não declaram ser mensagem de YHWH ao homem. Fora dois deles, Eclesiástico e Baruque, os livros são anônimos, e no caso de Eclesiástico, o autor não se diz profeta, nem asseverou que escreveu sob a inspiração de YHWH. O livro de Baruque que se diz ser escrito pelo secretário de Jeremias, não pode ser aceito como genuíno, pois contradiz o relato bíblico. Os livros de Macabeus não tem nenhuma pretensão para autoria profética. Mas registra detalhes sobre as guerras de independência em 165 A.C. quando os cinco irmãos macabeus lutaram contra os exércitos da Síria. I Macabeus é geralmente considerado como de maior valor histórico do que o II. 3) - O nível moral de muitos destes livros é bastante baixo. São cheios de erros históricos e cronológicos, por exemplo, Baruque 1.1, diz que ele está na Babilônia, enquanto Jeremias 43.6, diz que ele está no Egito. Baruque diz que os utensílios do templo foram devolvidos da Babilônia, enquanto Esdras e Neemias revelam o contrário. Baruque cita uma data errada para Beltesazar e diz que o cativeiro era de sete gerações 6.3, o que contradiz as profecias de Jeremias e o cumprimento de Esdras. Tobias e Judite estão cheios de erros geográficos, cronológicos e históricos. Tobias 1.4,5 contradiz 14.11. Mentiras, assassinatos e decepções são apoiados por este livro. Judite é um exemplo. Temos suicídios (4.10), encantamentos, magia e salvação pelas obras (Tobias 12.9 ; Judite 9.10,13). 4) - Não foram incluídos no Cânon até o fim do 4° século. Como já observamos, os livros apócrifos, não foram incluídos no cânon hebraico. Os livros apócrifos foram incluídos na Septuaginta, a versão grega do Tanach e que não é de origem hebraica, mas de Alexandria, que é uma tradução do hebraico. Os Códices Vaticanos, Alexandrinos e Sinaíticos, tem apócrifos entre os livros canônicos. Porém temos de notar vários fatores aqui. Nem todos os livros apócrifos estão presentes nos Códices e não tem ordem fixa dentro dos Códices. Por ser um livro de origem egípcia, pois vem de Alexandria, a Septuaginta não tinha os mesmos salvaguardas contra erros e acréscimos, pois não tinham massoretas orientando a obra com o mesmo cuidado que usaram no texto hebraico.Manuscritos, naquele tempo, ficavam em rolos, não livros e são facilmente misturados, e seria fácil juntar outros que ficaram numa mesma caixa. O preço de material para escrever pode influir também. Não era tão fácil calcular o espaço necessário para fazer um livro. Que fariam se cortassem o couro e descobrissem 30 ou 40 páginas de couro sobrando no livro? Naturalmente encheria com conteúdo devocional. A tendência seria de misturar livros bons com os canônicos até o ponto que os não canônicos fossem aceitos como canônicos. Os livros não canônicos não foram recebidos durante os primeiros quatro (4) séculos. Melito, o bispo de Sardes em 170 D.C., visitou a Judéia para verificar o número certo de livros do Tanach. A lista que ele fornece, inclui os livros canônicos do Tanach, menos Ester (porque não reconheceu entre os apócrifos) e não incluiu os apócrifos.ORÍGENES, o erudito do Egito, com uma grande biblioteca, incluiu os 39 livros da Tanach, mas em 22 e seguindo a lista ele fala: "Fora destes temos os livros dos Macabeus". Outros pais da Igreja, como Atanásio, Gregório de Nazianzus de Capadócia, Rufinus da Itália e Jerônimo, nos deixaram com uma lista que concorda com o cânon hebraico. JERÔNIMO, que fez a Vulgata, não quis incluir os livros apócrifos por não considera-los inspirados, porém, os fez por obrigação do bispo, não por convicção, mesmo assim só traduziu Judite e Tobias, os outros apócrifos foram tirados diretamente dos versos latinos anteriores. Parece que a única figura da antigüidade a favor dos apócrifos era Agostinho, e dois Concílios que ele mesmo dominou (393 e 397). Porém, outros escritos dele (A cidade de YHWH) parecem revelar uma distinção entre os livros canônicos e os apócrifos (17.24; 18.36,38,42-45). GREGÓRIO,O GRANDE, papa em 600 D.C., citando I Macabeus falou que não era um livro canônico, e o cardeal Ximenis no seu poligloto afirma que os livros apócrifos dentro de seu livro, não faziam parte do cânon. Os livros apócrifos não foram aceitos como canônicos até 1546 quando o concílio de Trento decretou: "Este Sínodo recebe e venera todos os livros da Tanach e Brit Hadasha (Novo Testamento), desde que Deus‚ o autor dos dois, também as tradições e aquilo que pertence a fé e morais, como sendo ditados pela boca do Messias, ou pelo Espírito Santo". A lista dos livros que segue inclui os apócrifos e conclui dizendo: "Se alguém não receber como Sagradas e canônicos estes livros em todas as partes, como foram lidos na Igreja Católica, e como estão na Vulgata Latina, e que conscientemente e propositadamente contrariar as tradições já mencionadas, que ele seja anátema". Para nós o fator decisivo é que C risto ( O Messias) e seus discípulos não os reconheceram como canônicos, pois não foram citados pelo Messias nem os outros escritores da Brit Hadasha (Novo Testamento)!

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